Na manhã desta segunda-feira (31), os vereadores Osmari Fritiz, presidente em exercício da Câmara de Vereadores de Joinville e Zilnety Nunes representaram o legislativo em visita a casa de acolhimento Lar Abdon Batista, localizada na zona sul da cidade. A visita faz parte da agenda de compromissos da Audiência Pública que integra a campanha Laços de Amor e os desafios da adoção. O tema central será “As condições dos processos de adoção no Estado” e o início dos debates será às 14 horas no plenário da Câmara de Vereadores.

No Lar Abdon Batista, os vereadores foram recepcionados pela coordenadora da casa de acolhimento, Anna Paula Kegel. Participaram do encontro o juiz Fernando Rodrigo Busarello, juiz substituto da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Joinville, Marilú Lima de Oliveira que coordena o Programa Antonieta de Barros, além dos deputados estaduais Kennedy Nunes e Dirce Heiderscheidt, que integra a comissão permanente de garantida dos direitos fundamentais de amparo à família e a mulher.

Na oportunidade, a vereadora Zilnety Nunes se queixou ao juiz sobre a morosidade no processo de adoção, em especial às crianças que compreendem a faixa etária dos seis aos 12 anos de idade. “O processo de adoção da minha filha demorou cinco anos. Foi um árduo caminho, mas conseguimos”, revela Zilnety. Já Osmari Fritz chamou atenção para a sociedade desorganizada e a falta de valores. “Temos que ter a responsabilidade para onde vamos e o que queremos para o futuro de nossas crianças”, enfatiza Osmari. O juiz Fernando Busarello pontuou que cada caso é analisado individualmente e segue vários processos burocráticos de modo a preservar a integridade física e mental das crianças. “Existem situações na qual o processo de adoção se resolve em um mês”, esclarece Fernando.

Atualmente, o Lar Abdon Batista acolhe 50 crianças de zero a 18 anos. São crianças e jovens em processo de adoção, alguns em processo transitório aguardando o retorno para suas casas. Para Fernando Busarello, as principais situações que envolvem as crianças em trânsito na instituição são a negligência familiar e o uso de drogas. Nesses casos, segundo Fernando, a maioria das crianças retornam para a família ampliada, ou seja, tios, avós e parentes próximos. Caso não exista a possibilidade de entregar a guarda aos parentes por determinado motivo, se inicia o processo de destituição para que a criança possa ter a oportunidade de um novo lar. Além do lar Abdon Batista, existem outras casas de acolhimento, como: Associação Ecos da Esperança; Casa Lar Emanuel; Abrigo Infanto Juvenil e Famílias Acolhedoras, programa gerido pelo município e equiparado as casas de acolhimento.

Fotos: Sabrina Seibel

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