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Vereadores repercutem visita de governador

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A visita do governador Carlos Moisés da Silva a Joinville foi o principal tópico de debates nesta quarta-feira (27). A Casa foi representada pelo presidente, o vereador Claudio Aragão (MDB) nos encontros realizados na Prefeitura e na sede da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij).

Representando o Poder Legislativo de Joinville, Aragão reforçou pessoalmente diante do governador o pedido da moção pelo retorno do transporte coletivo urbano, aprovada em 22 de abril de forma unânime pelo Plenário. Moisés disse que a revisão da posição sobre os ônibus poderá ser regionalizada.

Desde aquele momento, a pauta surgiu em quase todas as sessões realizadas desde então, sendo levantada principalmente pelo vereador Jaime Evaristo (PSC). O parlamentar chegou a propor na Comissão Especial do Covid-19 uma ida ao Palácio Barriga Verde para conversar diretamente com o governador.

Aragão também apresentou um saldo geral da reunião das lideranças joinvilenses com o governador. O prefeito Udo Döhler (MDB) teria pleiteado que o Estado previsse a possibilidade do retorno de centros de educação infantis (CEIs). Moisés teria se comprometido a encaminhar dez respiradores para a cidade. Os aparelhos foram comprados da WEG pelo governo do estado.

Sobre respiradores, há algumas sessões, no dia 18, mais precisamente, Aragão cobrou que os 50 respiradores que chegaram a Santa Catarina e foram apreendidos pela Polícia Civil uma semana antes a partir de decisão da Justiça pudessem ser distribuídos logo pelos municípios para atendimento da população.

Além dos equipamentos do governo estadual, Aragão afirmou que outros dez aparelhos seriam doados pela Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij).

Maurício Peixer (PL) pontuou que o governador veio poucas vezes à cidade. Odir Nunes (PSDB) afirmou que Moisés “veio de mãos vazias” e que os dez respiradores seriam pouco.

Preocupação regional

Aragão ainda pontuou que no encontro que ocorreu na Acij evidenciou a importância da rede de saúde de Joinville em relação à região. Segundo o presidente, o prefeito de São Francisco do Sul, Renato Gama Lobo, afirmou que a cidade não possui nenhum respirador.

O Ministério da Saúde, conforme portaria de 2002, recomendava um mínimo de 10 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes. Em Joinville, apenas os leitos reservados exclusivamente para Covid-19 são 69. Os novos respiradores sinalizados pelo governador e pela Acij poderiam ampliar essa capacidade de leitos.

Conforme análise da Fundação Getúlio Vargas, em todo o Brasil haveria 31 respiradores para cada 100 mil habitantes. Número que, em si, não é baixo. Porém, há uma distribuição muito irregular dos aparelhos, que estão concentrados principalmente em capitais e regiões metropolitanas.

Na “região intermediária” norte de Santa Catarina (que corresponde mais ou menos à proposta região metropolitana de Joinville, indo de São Francisco do Sul até Porto União), a FGV estima que entre 10% e 20% da população viva em municípios sem respiradores. Uma proporção similar também pode ser verificada na região de Vale e Foz do rio Itajaí.

Luto

Aragão também lamentou a morte dos técnicos de enfermagem Claudiomiro Silveira Rattis de 44 anos, que trabalhava no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, e Lúcia Isolde Rocha Henrique, que trabalhava no Centro Hospital Unimed. Ambos faleceram na segunda-feira (26).

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