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Gasto médio em saúde por habitante aumenta 12% em 2020

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Prestaçaão de contas na saúde

Questionado pelos vereadores Cassiano Ucker (Cidadania) e Henrique Deckmann (MDB) sobre a proporção de gastos entre atenção básica e Hospital Municipal São José, o diretor-executivo afirmou que o objetivo da secretaria é aumentar a atenção primária, porque é um recurso mais barato e que traz reflexos positivos no futuro da saúde pública. Para isso, disse Fabricio, a Secretaria de Saúde vai continuar investindo em unidades básicas de saúde da família. “Ainda estamos gastando muito com média e alta complexidade, principalmente no São José, porque o estado de Santa Catarina não tem feito sua parte e o município tem que assumir a responsabilidade em várias situações. Infelizmente assim não estamos conseguindo equalizar os gastos de básica, média e alta complexidades, mas estamos conseguindo aumentar as consultas da atenção primária para que vários casos não evoluam para atendimentos de urgência ou de atenção secundária”, explicou.

Saúde da Família

A coordenadora de Gestão Estratégica, Anna Paula Pinheiro, afirmou que a estratégia de saúde da família avançou no município em 2020, chegando a 93% de cobertura. Até 2019 a cobertura era de 80%. A rede passou a contar com 24 novas equipes de saúde da família no ano passado. Ela destacou que a Secretaria de Saúde vem ampliando e qualificando a estratégia. O diretor-executivo acrescentou que as novas unidades de saúde contam no mínimo com cinco equipes de saúde da família.

Atendimentos

De acordo com os números apresentados pela coordenadora da Secretaria de Saúde, a rede pública de saúde de Joinville realizou a média de 4.107 consultas por dia de setembro a dezembro de 2020, o que representa uma redução de 26% em relação ao mesmo período de 2019. O número de procedimentos ambulatoriais também teve queda, foram 22% em relação ao terceiro quadrimestre de 2019. Os procedimentos hospitalares de setembro a dezembro de 2020 tiveram queda de 15% comparado ao mesmo período de 2019. De acordo com Anna Paula, os atendimentos de saúde em Joinville tiveram grande alteração devido à pandemia, com períodos em que os atendimentos ambulatoriais e cirurgias não urgentes estavam limitados.

Medicamentos

De acordo com os números apresentados, de setembro a dezembro foram 36 milhões de unidades de medicamentos entregues à população nas farmácias da rede pública do município. A maior parte dos remédios dispensados era para o tratamento de colesterol, depressão, diabetes e hipertensão.

O vereador Cassiano Ucker perguntou como está o planejamento da distribuição de medicamentos. Segundo Fabricio da Rosa há um dilema referente aos fatores de logística para medicamentos, afirmando que é muito difícil ter sempre todos os medicamentos disponíveis.

O diretor afirmou que a Secretaria de Saúde estudava o credenciamento de farmácias privadas para fornecer remédios à população usuária da rede pública, em um modelo próximo ao que é a farmácia popular, entretanto o Tribunal de Contas teria rejeitado a ideia. De qualquer forma, de acordo com o representante da pasta da Saúde, o município vem avaliando a possibilidade de terceirizar a logística dos medicamentos. “O município seria responsável pelo pagamento dos medicamentos, mas a distribuição seria feita por redes de farmácias privada”, comentou.

Pandemia

Sobre a Covid-19, os números apresentados mostraram que Joinville teve uma taxa de mortalidade superior ao do estado de Santa Catarina. Em Joinville foi de 81,5 e em Santa Catarina de 73,3 a cada 100 mil habitantes. A taxa de letalidade também foi maior em Joinville que no estado. Em Joinville a taxa de letalidade foi de 1,2%, e em Santa Catarina 1,1%.

O vereador Wilian Tonezi (Patriota) perguntou se em 2020 houve a diminuição dos óbitos registrados com causa em outras doenças respiratórias que não a Covid-19. A coordenadora afirmou que em breve será publicado um relatório de gestão, que trará dados sobre internações e mortalidade no município, mas adiantou que o levantamento preliminar mostra que manteve-se a média de óbitos por outras doenças. Segundo ela, o que houve de diferente em 2020 foram as mortes causadas por Covid-19.


Texto
Marina Bosio
Foto
Mauro Artur Schlieck
Edição
Felipe Faria


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