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Plenário discute números da saúde em Joinville

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Sessão Ordinária 290322_005

O principal tema de debate do Plenário nesta terça-feira (29) foi a situação da saúde em Joinville. Os vereadores manifestaram preocupação sobre o fim dos repasses federais e estaduais para o combate ao coronavírus, que foram de mais de R$ 90 milhões em 2021, com o término de mais de duzentos contratos de médicos previstos para ocorrer esta semana e com o “peso” do Hospital Municipal São José na folha do município.

O primeiro vereador a abordar o tema foi Claudio Aragão (MDB), que afirmou que a redução das equipes da Estratégia Saúde da Família vai afetar muito a Secretaria de Saúde. Ontem, o secretário Jean Rodrigues da Silva anunciou que as equipes do programa vão passar por uma reformulação, saindo de 163 para 150. Segundo o secretário, isso permitiria maior eficiência no trabalho, viabilizando que mais equipes estejam completas.

Entretanto, Aragão centrou seu posicionamento na dificuldade que moradores do bairro João Costa, onde mora, têm para conseguir uma consulta para poder ter a prescrição de medicamentos. O período é de pelo menos 20 dias, conforme o relato do morador, apresentado por Aragão no Plenário. Aragão diz que “a saúde de Joinville está na UTI”.

Por sua vez, o vereador Érico Vinicius (Novo, líder do governo na CVJ) retomou a fala de Aragão para dizer que Joinville “sofre com um problema de ineficiência criado lá atrás”, quando o Hospital Municipal São José passou a ser financiado pelo município. O parlamentar defendeu que o hospital deveria ser mantido com verbas estaduais ou federais.

Lucas Souza (PDT) afirmou que Joinville precisa se organizar e que a estadualização é possível. Citou como exemplo o caso do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, de Criciúma, que foi estadualizado, conforme o vereador, pelo empenho de deputados da região carbonífera. Souza afirmou que, nas condições atuais, “não há prefeito que vá resolver”.

Para manter o HMSJ, o município destinou 30,96% dos R$ 952,5 milhões que Joinville empregou em 2021 para a saúde. De todo o orçamento do município, o hospital, que é uma autarquia na estrutura municipal, respondeu por uma fatia de 14,9% de todas as despesas.

Ainda no campo da saúde, a vereadora Tânia Larson (PSL) trouxe para a sessão uma informação apresentada na reunião da Comissão de Saúde de ontem sobre a possibilidade de o município voltar a realizar cirurgias de reconstrução mamária. Isso seria realizado por meio de um convênio com o Bethesda. Segundo Tânia, a informação oficial é de que há 50 mulheres aguardando o procedimento, mas desconfia que o número esteja defasado e afirma que há quem aguarde o procedimento desde 2018.

Cassiano Ucker (Cidadania) afirmou que havia muitos sinais de que havia problemas, entre cancelamentos de cirurgia, falta de mamografias, entre outras questões. “Agora nós temos mais um desafio: logo serão 200 funcionários a menos”. Sobre o desligamento de contratados da saúde, o vereador Wilian Tonezi (Patriota) convidou os vereadores para discussão que será realizada amanhã, às 13h30, no plenarinho da CVJ.

Os vereadores Maurício Peixer (PL) e Diego Machado (PSDB) usaram o tempo para destacar a previsão da nova casa do Núcleo de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro Autista (Naipe). A antiga sede da Secretaria de Habitação, vizinha ao Arquivo Histórico de Joinville, será reformada e deve ser inaugurada em 2024, tendo mais espaço para o tratamento.

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