Os vereadores da Comissão de Saúde realizaram nesta segunda-feira (15) uma audiência pública para tratar dos problemas de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Comasa e Espinheiros.

A reunião ocorreu no Centro Pastoral Padre Fausto, no bairro Comasa, e contou com a participação de membros da sociedade civil, de representantes da Secretaria da Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e da Vigilância Ambiental.

Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Vilson Freitas Junior, as Unidades Básicas de Saúde do Caic e da Ponte Serrada carecem de médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, dentistas, assistentes administrativos, além de insumos e medicamentos.

“O problema é que quando as pessoas vão à UBS do Caic e não encontram esses médicos acabam recorrendo ao posto de saúde da Ponte Serrada, no Comasa. Não que seja errado, mas sobrecarrega os profissionais que trabalham lá”, comenta Vilson.

A secretária de Saúde, Tânia Eberhardt, disse que foi entregue ao prefeito Adriano Silva (Novo) um pedido de contratação de 135 servidores para atuar nos postos de saúde com urgência. Outra melhoria citada por Tânia é a ampliação do horário de atendimento das unidades.

Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Vilson Freitas Junior, é necessário abrir mais concursos públicos porque o profissional busca estabilidade. “Ele pode até aceitar temporariamente, mas se ele prestar concurso público e passar, irá largar tudo”, enfatiza.

Atualmente, apenas seis postos de saúde atendem até às 19 horas, os demais fecham às 17 horas. Se o prefeito liberar a contratação dos profissionais da saúde, dez UBS irão atender até às 19 horas. Os postos de saúde escolhidos serão os que estão em torno dos Ponto-atendimentos 24 horas, porque a demanda que eles recebem é muito grande.

Participações

De acordo com o proponente do debate, o vereador Cassiano Ucker (União Brasil) o objetivo da reunião é entender as demandas e as dificuldades que os munícipes enfrentam.

Ana Maria Trevisan relatou que não consegue agendar as consultas pelo aplicativo e-Cidadão Saúde Joinville. Segundo ela, está há quatro semanas tentando fazer o agendamento de uma consulta, mas não consegue vaga.

“Dá meio-dia e nada funciona. Aí eu fico ali cinco minutos e do nada pula para o outro dia sem aparecer nenhuma vaga. Eu cheguei a ir ao postinho, mas a atendente disse que não tem vaga mesmo”, descreve.

Já Rolando Benkendorf destacou a demora dos atendimentos. Ele contou que precisa renovar uma receita de seis em seis meses. Só que quando vai agendar, costuma levar de 45 a 50 dias para consegui-la.

O problema é que quando passa dos seis meses, a receita não é mais aceita nas farmácias e Rolando Benkendorf precisa entrar na fila de consultas de novo. “Se fala muito em saúde, mas na prática quase nada funciona. Nós temos de encontrar uma alternativa mais eficiente”, desabafa.