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Arquivada denúncia pelo Conselho de Ética

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O vereador Levi Rioschi (PPS) leu os esclarecimentos sobre o que ocorreu na sessão de 15 de dezembro de 2015
O vereador Levi Rioschi (PPS) leu os esclarecimentos sobre o que ocorreu na sessão de 15 de dezembro de 2015

Em reunião do Conselho de Ética da CVJ ocorrida hoje os vereadores votaram pelo arquivamento do processo que averiguava supostas irregularidades envolvendo o Projeto de Lei 277/2014, que normatiza a atividade das funerárias de Joinville. O processo foi iniciado a partir de denúncia de empresa do ramo pedindo o adiamento da votação desse projeto.

O Conselho foi convocado para ouvir os esclarecimentos do vereador Levi Rioschi (PPS). Conforme a representação apresentada pela empresa Ademir Sobral de Jesus – ME à Câmara de Vereadores de Joinville e ao Ministério Público de Santa Catarina, o parlamentar teria denunciado “que os vereadores estariam recebendo propina para votarem o Projeto de Lei que diz respeito as funerárias” na sessão ocorrida em 15 de dezembro do ano passado. Ao Conselho de Ética, o vereador Levi Rioschi leu a sua defesa e pediu retratação, explicando que foi mal interpretado.

Sobre o PL 277/2014, o das funerárias, Levi pediu maiores esclarecimentos jurídicos, dizendo que não se sentia confortável para votar o projeto naquela ocasião. Todavia, no mesmo pronunciamento, Levi mencionou que o Projeto de Lei Complementar 47/2015 poderia estar sofrendo influência de lobby para aprovação do projeto tal como entrou na Casa. O parlamentar afirma que disse isso “no calor da discussão”.

Quanto à propina, conforme nota, o vereador explicou que “não há e não houve acusação de pagamento e/ou recebimento de propina por qualquer vereador desta Casa para votação dos projetos”.

O parlamentar tinha apresentado emenda ao projeto do estacionamento rotativo para assegurar vagas para transportadoras, mas a emenda acabou rejeitada antes da votação em Plenário, em sessão extraordinária em janeiro deste ano.

Posição dos membros do Conselho de Ética

O vereador Odir Nunes (PSDB), membro do Conselho de Ética, avalia que a empresa que fez a denúncia “não é digna de crédito” e que o pedido para adiar a votação apenas postergava a decisão da Casa sobre o projeto. Para o parlamentar, se o projeto não for votado logo, “vai ocorrer com as funerárias o mesmo que ocorreu com as empresas de ônibus, algumas trabalhando sem licitação”. O PL 277/2014, de autoria do vereador Maycon Cesar (PSDB) estabelece a licitação para as empresas funerárias e o rodízio do serviço entre as empresas licitadas.

O vereador Maycon Cesar avalia que a denúncia foi uma “manobra político/jurídica” feita por interesse na causa para retardar a votação e apelou aos colegas para que o projeto possa ser votado o quanto antes.

Conforme o presidente do Conselho de Ética, vereador Manoel Bento (PT), a apuração se restringiu ao objeto da denúncia, o PL 277/2014, sobre o qual Levi apenas tinha pedido esclarecimentos, conforme nota abaixo.

Nota sobre o posicionamento do vereador Levi

Em defesa protocolada junto a Conselho de Ética desta casa, o Vereador Levi Rioschi, esclareceu que, amparado pela sua imunidade parlamentar, foi à Tribuna deste Legislativo Municipal manifestar-se quanto aos projetos de Lei Complementar 47/2015 e Projeto de Lei 277/2014, que estavam sendo discutidos naquela noite. Contudo, houve equívocos na interpretação de sua fala, levando à falsa impressão de que estaria afirmando o pagamento/recebimento de propina para aprovação do projeto 277/2014.

O que o Vereador Levi Rioschi pretendia com sua fala eram tão somente esclarecimentos, pois estava com algumas dúvidas quanto ao Projeto, e em momento algum pretendeu colocar em dúvida a idoneidade dos Vereadores, ou afirmou que estariam recebendo propina, requereu tão somente esclarecimentos pelo Jurídico da Casa, quanto ao projeto das funerárias.

Desta forma, o Vereador Levi Rioschi, retratou-se perante o Sr. Presidente da Comissão de Ética e membros, ao passo que sua fala, no “calor da discussão” daquele dia, acabou por ensejar dúvidas.

Não há e não houve por parte deste Vereador acusação de pagamento e/ou recebimento de propina por qualquer Vereador desta Casa para votação dos Projetos.

Texto: Sidney Azevedo / Revisão: Marina Bosio e Jeferson dos Santos / Foto: Sabrina Seibel

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