A Comissão de Proteção Civil reuniu convidados na tarde desta terça-feira (26) para o debate sobre a localização de um novo posto da Polícia Militar Rodoviária em Joinville. Representantes do Conselho de Segurança da Vila Nova (Conseg) relataram que, inicialmente, a instalação estava prevista para um terreno no bairro da zona oeste. O comando da corporação esclareceu, contudo, que razões técnicas motivaram a escolha de um terreno às margens da rodovia SC-418, nas proximidades da Serra Dona Francisca, em Pirabeiraba.
As tratativas para a escolha do terreno que abrigará a sede da 4ª Companhia de Polícia Militar Rodoviária estão sendo realizadas desde 2018. Adilson Girardi (MDB) afirmou que havia encaminhamento para que o posto policial fosse instalado na Vila Nova e que recebeu com surpresa a notícia da mudança do posto para Pirabeiraba. O vereador também relatou que moradores e o Conseg do bairro querem saber a razão da mudança de planos.
Representante do Conseg, Jackson Seidel reforçou o questionamento de Girardi e declarou que havia viabilidade técnica no terreno postulante, nas proximidades do entroncamento da Rodovia do Arroz e com Rua dos Suíços.
Em vídeo enviado para a reunião, o deputado estadual Sargento Lima (PL) defendeu esse para abrigar o posto policial. Lima disse que causa espanto agora o apontamento para a instalação em Pirabeiraba.
O comandante da PMR, Marcelo Egídio Costa, alegou que as decisões são tomadas com base em um projeto que envolve a Polícia Militar Rodoviária como uma barreira de segurança pública nas rodovias catarinenses. Conforme estatísticas apresentadas pelo militar, a SC-418 tem cinco vezes mais acidentes e seis vezes mais mortes que a Rodovia do Arroz.
Para o vereador Diego Machado (PSDB), a decisão sobre qual local sediará o posto policial não deve ser tomada por “bairrismo” e, sim, de forma técnica e independente.
O presidente da Comissão de Proteção Civil, Ascendino Batista(PSD), avaliou que a exposição feita pela PMR trouxe compreensão da decisão aos convidados. O vereador considerou, entretanto, que a falta da comunicação das decisões tomadas pela PMR gerou o descontentamento de moradores e lideranças da Vila Nova.
Aventureiro
Pela manhã, os vereadores da comissão tiveram uma reunião na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama). No encontro, representantes de secretarias municipais, vereadores e moradores do Aventureiro discutiram soluções para questões envolvendo recicladores que atuam nas ruas daquele bairro.
Conforme o vereador Nado (Pros), que acolheu a pauta em Proteção Civil a partir de relatos de moradores, recicladores estariam descartando materiais nas ruas do Aventureira, gerando fuligem com queimadas. Nado classificou a situação como um problema de saúde pública.
A partir dos relatos apresentados na reunião, as secretarias de Assistência Social (Sas), de Infraestrutura (Seinfra), de Proteção Civil (Seprot) e a própria Sama decidiram pela formação de um grupo de estudos para avaliar possíveis encaminhamentos. Nado afirmou que a Comissão de Proteção Civil também acompanhará o trabalho.
Também participaram dessa reunião os vereadores Ascendino Batista e Kiko do Restaurante, ambos do PSD.
Audiência pública
A Comissão de Proteção Civil também aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a segurança nas ruas do Centro. A reunião está marcada para o dia 9 de novembro, às 19h30, no plenário da CVJ.
A solicitação da audiência foi feita por Ascendino e Maurício Peixer (PL). De acordo com o primeiro, estabelecimentos comerciais da região sofrem com furtos e roubos, em virtude da falta de investimentos em segurança pública por parte do governo estadual.
