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Cidadãos reclamam de assédio de pessoas em situação de rua

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Mauro Artur Schlieck
Moradores e lideranças reclamaram da presença de pessoas em situação de rua na região do Anita Garibaldi, ontem (21), em reunião da Comissão de Segurança Pública, na escola que leva o nome do bairro. Segundo as queixas, alguns deles assediam mulheres e quem negar ajuda financeira ou comida.

A região concentra pessoas em situação de rua porque lá estão a rodoviária e o Centro Pop, que dispõe de banheiros e cozinha para pessoas em situação de rua. O Centro Pop atende, mensalmente, cerca de 350 pessoas.

A reunião foi feita a pedido da Associação dos Conselhos de Segurança (Aconseg). Seu presidente, Sérgio Duprat, cobrou respostas das autoridades ao problema, já debatido em outras ocasiões.

Os moradores pediram que seja feito um cadastro das pessoas em situação de rua. Segundo relatos, cerca de mil pessoas vivem nas ruas da cidade. Muitas viriam de outros municípios, enviados pelas prefeituras. O motivo seria o bom desempenho das ações de assistência social joinvilense.

O secretário de Assistência Social, Vagner Oliveira, afirmou que os repasses do governo estadual estão atrasados há três meses, e que os repasses federais não chegam a R$ 8 mil.

A Polícia Militar informou que os crimes cometidos por quem vive na rua são de baixa periculosidade e que a posse de pequena quantidade de drogas não os torna traficantes.

Vereadores como Maurício Peixer (PL), que já foi secretário de Assistência Social, e Rodrigo Fachini (MDB) pediram mais políticas públicas para a população de rua, que incluam educação e trabalho.

Câmara de Vereadores de Joinville

Sérgio Duprat lista cobranças a autoridades/Mauro Artur Schlieck

Histórico

A última vez que a Câmara tinha debatido o tema foi em maio, quando quatro comissões se reuniram. Na ocasião, a estimativa da Secretaria de Assistência Social é de que essa população era de aproximadamente 800 pessoas.

Em 2015, representantes da Secretaria de Assistência Social afirmaram na CVJ que a unidade do Centro Pop tinha cadastradas 248 pessoas em situação de rua.

Em outubro de 2017, o número de atendidos foi de 150. O ápice desse número foi 512, em abril do ano passado.

Em agosto do ano passado, conforme respostas do Centro Pop ao Censo do Sistema Único de Assistência Social (Censo Suas), a unidade atendeu 291 moradores de rua, dos quais 257 eram homens e 34 mulheres. Dos 291, apenas quatro tinham menos de 18 anos. A maioria se encontra na faixa etária que vai dos 18 aos 39 anos. Nessa faixa de idade eram 165 homens e 18 mulheres.

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