RESUMO: Atletas de kickboxing de Joinville pediram apoio da prefeitura para a modalidade em uma reunião na Comissão de Educação. A lutadora Juliana Werner e o professor Fernando Stadlmayr destacaram a falta de patrocínio e a importância do esporte para a formação de cidadãos. A Secretaria de Esportes afirmou que a verba para o esporte é limitada.
Atletas de kickboxing, uma modalidade de artes marciais fundamentado em chutes (kick) e socos (boxing), defenderam incentivos ao esporte pelo poder público do município, nesta terça-feira (16), na Comissão de Educação. A pauta foi sugerida pelo vereador Mateus Batista (União Brasil).
Com 60 lutas e campeonatos mundiais no currículo, Juliana Werner disse não ter patrocínio nem auxílio financeiro. Também professora, ela contou que a maioria dos atletas precisa trabalhar e não consegue dedicar-se ao esporte integralmente. Juliana sugeriu a inclusão do kickboxing no programa da Secretaria de Esportes (Sesporte), o que pode, no futuro, tornar Joinville em um polo de esportes de combate.
O atleta e professor de educação física Fernando Stadlmayr afirmou que a modalidade “ensina valores que ultrapassam o tatame, e moldam cidadãos conscientes capazes de mudar a sociedade”. Ele também pediu apoio do município para desenvolver a modalidade em Joinville, ainda mais agora que o Comitê Olímpico Internacional (COI) abriu caminho para a inclusão do kickboxing nas Olimpíadas.
Para o presidente da comissão, vereador Lucas Souza (Republicanos), é importante fortalecer o Fundo Municipal de Esportes.
Bolsa-Atleta e fomento
O gerente da Sesporte Luis Fernando da Rosa explicou que o bolsa-atleta tem recursos finitos e não consegue contemplar todos os esportistas. Hoje, das cerca de 150 modalidades praticadas em Joinville, apenas 29 são consideradas oficiais, que é um dos critérios para o recebimento da bolsa. O orçamento total deste ano é de R$ 3,5 milhões.
Rosa afirmou ainda que a secretaria busca formas de aumentar o fomento ao esporte e sugeriu que as associações se regularizem para receber recursos de uma futura lei municipal de esportes, que está em elaboração pela Prefeitura.
O vereador Cleiton Profeta (PL) afirmou que “atletas não vivem de aplausos” e que a Prefeitura tem dinheiro, uma vez que criou cargos comissionados na reforma administrativa e investe milhões em publicidade.
Encaminhamento
O assunto continuará em debate em 14 de outubro, às 14h, na Comissão de Educação da CVJ.
