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Deficientes são contra instalação de laboratório fitoterápico em local de reabilitação

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Comissão Cidadania

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos discutiu a implantação de um laboratório da farmácia viva, de medicamentos fitoterápicos, dentro do prédio do Serviço Especializado em Reabilitação (SER), no bairro Adhemar Garcia. Gerido pela prefeitura, o SER promove saúde e inclusão social mediante diagnóstico, tratamento e reabilitação de crianças e adultos com deficiência física.

O cadeirante Nelson Farias, que propôs a discussão à Cidadania, mostrou-se contrário à implantação por temer que ela tire espaço dos usuários do local. “Já estamos como poucas coisas em Joinville, o que vai sobrar para nós? ”, questionou Farias. “Não é nada contra a farmácia, mas por que não colocar uma cama elástica, ou alguém atendendo [deficientes] lá dentro? ”.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMDE), Vanderlei Pedro Quintino, disse que o projeto poderia ter sido discutido antes com o conselho. Quintino sugeriu que seja construído um núcleo de atendimento a deficientes no prédio que será construído pela Associação Paralímpica de Joinville.

Presidente do conselho de saúde do bairro, Reinaldo Pscheidt Gonçalves também se posicionou contra a instalação da farmácia no SER e sugeriu que ela seja construída no terreno de trás.

“Eu acredito que temos que reavaliar isso”, disse o presidente da comissão, Pastor Ascendino Batista (PSD). Por requerimento dele, o secretário municipal de Saúde, Jean Rodrigues da Silva, será convidado para discutir a possibilidade de mudança do laboratório.

“Não sou contra a farmácia, mas temos que entender que temos uma população que usa esse espaço e precisa ser atendida”, afirmou Brandel Junior (Podemos).

A vereadora Ana Lucia Martins (PT) também pediu que a instalação do laboratório seja revista.

O que diz a Prefeitura

A gerente da Unidade de Assistência Farmacêutica e Laboratório Municipal, Louise Domeneghini Delatorre, e a gerente de Serviços Especiais da Secretaria de Saúde, Flávia Schwinden Muller, explicaram que apenas um laboratório de processamento de plantas será instalado no SER, com uma verba recebida em 2019 do Ministério da Saúde, e que isso não vai tirar espaço do lugar e nem trará mais movimento de pessoas, uma vez que não haverá atendimento ao público. Os medicamentos fitoterápicos serão entregues aos usuários nas farmácias do SUS.

Questionada por Brandel Junior (Podemos), as gerentes disseram que a farmácia será localizada em frente à piscina, após uma reforma.

Coordenador do SER, Atila Rohleder Junior afirmou que existe um espaço de cerca de 200 metros quadrados que será readequado para receber a farmácia, e que não isso não prejudicaria o atendimento do SER, nem atrapalharia a mobilidade do local. Ele confirmou, porém, a necessidade de ampliar algumas salas. São feitos pelo menos 800 atendimentos por mês, para cerca de 300 usuários.

Também questionado por Brandel Junior, o coordenador do SER explicou que os pacientes são direcionados pelas unidades básicas de saúde e que existe uma demanda reprimida por atendimento.

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