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Moradores do bairro Fátima e entorno reclamam de furtos e usuários de drogas

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Audiência Pública Proteção Civil

Audiência pública da Comissão de Proteção Civil reuniu nesta segunda-feira (21) moradores do Fátima e entorno e representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal para debater as frequentes ocorrências de furtos na região. O assunto foi levantado pelo vereador Sales (PTB).

A população reclamou também de usuários de drogas que circulam pelo bairro. A vice-presidente da Associação de Moradores do Adhemar Garcia, Francisca Nascimento, considera que o comércio de drogas e as facções criminosas tomaram conta da região.

O morador do Guanabara Ronaldo Silveira chamou de “The Walking Dead” a situação da região na madrugada, quando, segundo ele, usuários de drogas transitam pela rua.

Já Silvio da Silva, que se identificou como morador de rua, afirmou que muitas pessoas em situação de rua são honestas, não são usuárias de drogas e não roubam nada de ninguém. “Quando a PM nos aborda, a gente se apresenta, porque sabemos que não estamos fazendo nada de errado por morar na rua”, disse. Silva afirmou concordar que os que roubam devem ser punidos.

O gerente do Sicredi do bairro Fátima, Mateus Nunes, afirmou que a agência já teve R$ 130 mil de prejuízo em 2023. Ele afirmou que a agência não pode ficar com os caixas eletrônicos funcionando fora do horário de expediente por insegurança.

A empresária Marlene Serafim afirmou que sua empresa está no bairro há 30 anos e que, de dois anos para cá, a segurança piorou muito. Ela relatou prejuízos, citando que entraram na empresa dela três noites seguidas. A empresária cobrou providências para o crime de receptação (comprar produtos de furtos e roubos).

Alegações

O representante do 17º Batalhão de Polícia Militar, major Thales Cardano, afirmou que a corporação atua com pouco efetivo, mas que, mesmo assim, a PM previne muitos crimes. Ele lembrou que a violência crescente é, na verdade, um problema social e disse que as pessoas em situação de rua são alvos fáceis para o aliciamento por facções criminosas, ainda que o fato de viver na rua não queira dizer que as pessoas cometem crimes.

Sobre os crimes de receptação, o representante da PM afirmou que a corporação já fez operações em 2023 em que prendeu acusados desse crime.

O delegado da Polícia Civil, Rafaello Ross, lamentou que a corporação só tenha três policiais para uma população de aproximadamente 100 mil habitantes, o que considera que prejudica muito a capacidade investigativa de crimes como receptação e o desmantelamento de facções criminosas.

O secretário de Segurança e Proteção Civil de Joinville, Paulo Rigo, afirmou que os totens com câmeras de segurança que estão sendo instalados pela cidade vão ajudar os órgãos a trazer mais segurança para a população.

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