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Comissão discute como coibir coleta clandestina e garantir estoque de cooperativas

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Comissão de Urbanismo

A Comissão de Urbanismo debateu nesta terça-feira (12) denúncia de coleta clandestina de lixo reciclável em Joinville. Caminhões não autorizados estariam recolhendo os resíduos antes dos veículos da Ambiental, a prestadora do serviço paga pelo contribuinte. A ação deles, somada à pouca separação do lixo nas residências, diminuiu os estoques de materiais das cooperativas de reciclagem.

O vereador Natanael Jordão (PSDB), que propôs o debate, deve apresentar projeto de lei para garantir que o material reciclável produzido no município seja utilizado apenas pelas cooperativas locais.

O diretor de Operações da Ambiental, Jurandir da Silva, afirmou que a empresa não pode fazer nada para coibir a “clandestinidade”, já que não tem poder de polícia. O representante da empresa confirmou diminuição da quantidade de lixo recolhida, que é de 780 toneladas por mês, em média, mas já foi de 1200 toneladas mensais. “Acreditamos que o caminho para acabar com o problema seja o de caracterizar que o lixo reciclável é propriedade do município”, disse Silva.

Famílias de recicladores estão preocupadas com queda na renda

Para o coordenador da cooperativa Associação Ecológica de Recicladores e Catadores de Joinville (Assecrejo), Severino Nunes, a cooperativa está recebendo atualmente 90 toneladas mensais de resíduo reciclável, sendo que tem capacidade para 150. Dezoito famílias dependem da renda da cooperativa. “Se os caminhões clandestinos continuarem tirando essa fonte de renda, vai ficar ainda mais complicado”, afirmou.

Segundo o engenheiro agrônomo e presidente da Associação de Preservação e Equilíbrio do Meio Ambiente de Santa Catarina (Aprema), Gert Fischer, “em alguns municípios o descarte do resíduo reciclável é feito em sacos de cores diferenciadas, para caracterizá-lo para um destino específico”. Ele disse, ainda, que os caminhões para coleta de resíduos devem ser licenciados para essa função específica e que uma saída seria aumentar a fiscalização.

Reportagem: Marina Bosio / Edição: Carlos Henrique Braga e Felipe Faria / Foto: Nilson Bastian.

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