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Contorno ferroviário agora é previsto para o fim de 2018

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Comissão de Urbanismo

Os vereadores da Comissão de Urbanismo receberam na reunião de hoje o coordenador e a gerente de Relações Governamentais da Rumo Logística, Marcelo Fiedler e Giana Custódio, para discutir a manutenção das passagens em nível dos trilhos que cruzam a Zona Sul. Mas acabaram recebendo a informação de que as obras do contorno ferroviário de Joinville devem ser retomadas no fim de 2018.

Segundo a gerente Giana Custódio, um novo projeto de engenharia está em desenvolvimento. A expectativa é a peça esteja pronta e aprovada até o fim desse ano. A Rumo Logística aposta que até o fim do primeiro semestre de 2018 haja nova licitação. E que, até o fim do segundo semestre, as máquinas voltem a roncar pelos canteiros de obras.

O primeiro projeto previa que o contorno ferroviário de Joinville teria 17,9 km. A obra chegou a ser iniciada, mas foi paralisada em junho de 2011. Os engenheiros encontraram problemas de solos moles ao longo de uma parte do trajeto. Como as correções necessárias ultrapassavam 25% do valor global do empreendimento, houve a rescisão do contrato com a empresa contratada à época, a CONVAP Engenharia e Construções S/A.

A gerente da Rumo informou, contudo, que a retomada da obra depende de disponibilidade no Orçamento Geral da União. Aos vereadores, Giana Custódio informou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) teria assegurado os valores até o fim de 2018. A informação, contudo, não pode ser confirmada até o fechamento da matéria, às 17h55.

“Nova fase” no relacionamento com os municípios

Desde 2015, a Rumo, braço de logística do Grupo Cosan — um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil — é detentora de 36,5% das ações e controladora da América Latina Logística, então concessionária dos trilhos que cortam Joinville. O processo de fusão foi aprovado em 11 de fevereiro de 2015 pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Desde então, explicou o coordenador Marcelo Fiedler, novas diretrizes de trabalho têm sido implementadas. Uma delas é melhorar o relacionamento com municípios cujas zonas urbanas são cortadas por trilhos sob sua jurisdição. “Sabemos que a passagem dos trens por dentro das cidades é prejudicial para todos, inclusive para a nossa empresa, que perde em eficiência. Temos adotado medidas para minimizar os prejuízos de lado a lado e, principalmente, temos adotado essa nova postura de sermos parceiros para que encontremos sempre as melhores soluções junto às autoridades municipais”, afirmou Fiedler.

Uma das ações adotadas em Joinville foi a manutenção nas passagens em nível ocorrida nos últimos dois domingos, dias 28 de maio e 4 de junho. As ações contaram com o apoio de equipes da Secretaria de Infraestrutura Urbana e do Departamento de Trânsito. O trabalho ocorrido em Joinville, revelou Fiedler, integra um plano de manutenção que está sendo implementado em todos os municípios em que a Rumo atua. “Quando assumimos o controle, herdamos muitos passivos deixados pela ALL e estamos dispostos a corrigi-los”, assegurou.

O vereador Richard Harrison (PMDB) cobrou da Rumo um calendário mais constante para as melhorias e manutenções. O vereador Adilson Girardi (Solidariedade) sugeriu à empresa uma revisão nos procedimentos de manobras dos vagões e locomotivas na região da Avenida Getúlio Vargas, no bairro Bucarein, que, não raro, fecham a principal ligação entre o Centro e a Zona Sul de Joinville por até mais de meia hora.

Fiedler disse que o correto é não ocupar a passagem por mais de 10 minutos, mas não soube informar durante a reunião o porquê dos bloqueios prolongados. Ele se comprometeu a verificar isso junto ao setor operacional da empresa e comunicar os vereadores da Comissão de Urbanismo.

Segundo o coordenador da Rumo, os moradores de Joinville podem esperar também, ao longo da execução do plano de manutenção, melhorias não apenas nas passagens, mas em toda a sinalização de trânsito inerente às passagens. O objetivo é aumentar a segurança de motoristas e pedestres, para reduzir o número e a gravidade de acidentes envolvendo trens.

Texto: Jornalismo CVJ, por Felipe Faria. Foto de Sabrina Seibel

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