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Empreiteira que abandonou obra do Rio Mathias não comparece à CPI

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CPI do Rio Mathias

Conforme a pauta da comissão, foram convocados, da empresa Motta Junior, os senhores Alexandre Oligini da Rocha, Antonio Adeval Daniel e Brian Randal Brummer. A empreiteira enviou documento, justificando a ausência dos representantes “por conta de compromissos anteriormente agendados”.

Em 2019 foi oficialmente caracterizado o abandono por parte da Motta Junior, com cerca de 70% do trabalho concluídos, conforme informações do ex-secretário Romualdo França. O objetivo da obra era aumentar a capacidade hidráulica do Rio Mathias e, consequentemente, diminuir os problemas relativos a enchentes no centro de Joinville.

Presidente da CPI, Wilian Tonezi (Patriota) esclareceu que a ausência dos representantes da Motta Junior se caracteriza como descumprimento de convocação oficial. Tonezi endureceu o discurso, afirmando que “não está brincando de fazer investigação”. Ele disse que tomará medidas cabíveis, caso haja nova ausência no dia 29 de março.

Servidores da Seinfra

Presentes na reunião para prestar depoimentos, Aurélio Flenik, Cassiano Garcia e Eduardo Mendes Simões de Freitas, servidores da Seinfra, detalharam o trabalho de fiscalização da obra. Eles exibiram imagens com falhas constatadas durante o processo de drenagem, como engastamento de galerias, que não foram pagas pela Prefeitura em virtude dos defeitos apresentados.

Com relação aos problemas estruturais da obra no trecho da rua Jerônimo Coelho, no Centro, os representantes da Seinfra informaram que a Motta Junior se comprometeu em remover peças, mas teria abandonado a obra sem executar a ação.

Encaminhamentos

Além de nova convocação aos representantes da Motta Junior, os vereadores deliberaram a convocação do ex-secretário de Planejamento, Miguel Bertolini. Ele ocupou a pasta entre os anos de 2013 e 2020. A oitiva de Bertolini ocorrerá dia 31 de março.

A CPI também aprovou enviar ao Ministério Público o pedido de investigação de possíveis irregularidades na tramitação dos oito processos administrativos contra a Motta Junior durante a execução da obra.


Texto
Jeferson Luis dos Santos
Fotos
Mauro Artur Schlieck
Edição
Felipe Faria


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