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Urbanismo discute problemas em obras de esgoto

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Diante da falta de uma normatização que regule os procedimentos e serviços relativos ao projeto de implantação da rede coletora de esgoto sanitário em Joinville muitos problemas motivados pelas obras estão causando prejuízos e transtornos aos moradores de bairros abrangidos pelo sistema. Através do vereador Alodir Alves de Cristo, procurado por muitos moradores do bairro Saguaçu, o assunto veio à tona e foi amplamente discutido na reunião da Comissão de Urbanismo, na tarde de quarta-feira, dia 8. Participaram representante da empresa Pavimentação Vogelsanger, engenheiro Luiz Alberto (CAJ), Renato Monteiro (Amae), presidente da Associação de Moradores do Saguaçu, Arno Khumlenn e moradores do bairro. Além dos vereadores Lauro Kalfels, Alodir Cristo, João Rinaldi, José Cardozo e Jucélio Girardi. A indignação dos moradores e a explanação da situação causada pelas obras devem mudar os procedimentos operacionais, administrativos e financeiros da Companhia Águas de Joinville (CAJ) e da Agência Municipal de Regulamentação de Águas e Esgoto (Amae), responsáveis pela execução e fiscalização do projeto. De acordo com moradores, um dos problemas foram as poucas informações repassadas nas reuniões de sensibilização relativas as questões financeiras e prazos para pagamentos.

O que também está irritando os moradores e que motivou a presença de 50 deles na comissão para solicitar providências urgentes é a péssima qualidade da repavimentação das ruas que com a passagem de caminhões e outros veículos pesados está causando danos e rachaduras nas paredes de algumas casas, além da recuperação dos passeios também mal feita. Outra insatisfação foi motivada pela cobrança da tarifa do serviço de coleta, destinação e tratamento do esgoto que será de 80% sobre o valor da tarifa da água. Considerado muito alto, assim como o valor para ligar o esgoto da casa à rede que custa em torno de R$ 2.500,00 e é executado por uma empresa terceirizada. Além do que, de acordo com a CAJ e a Amae, o prazo para a conexão da casa à rede é de 60 dias após terminada a obra. A partir deste prazo, independentemente da conexão ou não o residente será notificado e receberá a tarifa com o respectivo valor para ser pago. No rol das reclamações não escapou o problema das propriedades que ficam abaixo do nível da rua e dependerão necessariamente de um sistema de bombeamento para que o esgoto chegue até a rede. Para os residentes esse problema também constitui-se numa incógnita pois carece de explicações sobre quem resolverá e como. Principalmente se haverá mais um custo para o usuário.

Segundo Khumlenn, muita gente tem a idéia errada de que o Saguaçu é um bairro de pessoas abastadas financeiramente, “a verdade é que a maioria dos que ali residem são aposentados cujos salários todos sabem que permite apenas sobrevivência de quem recebe, portanto, é fundamental que encontremos alternativas que não venham penalizar os moradores”. Para o presidente da associação dos moradores, a implantação do sistema é uma obra importantíssima mas ela não pode trazer prejuízos à sociedade. O vereador Alodir Cristo concorda com Khumlenn e propôs que seja formada uma comissão de moradores para uma reunião com a CAJ e a Amae para buscar soluções para os problemas apresentados. Cristo defende, por exemplo, que o serviço de ligação do esgoto da casa à rede seja feito por uma equipe da Companhia Águas de Joinville que poderá parcelar em várias vezes a taxa cobrada pelo serviço, que hoje é feito por empresa terceirizada.

Os presidentes da CAJ e da Amae concordaram que, por ser uma obra “nova” para a atual administração e na medida que os problemas que vão surgindo cabe as empresas responsáveis encontrar a solução. Renato Monteiro garantiu que as reivindicações da população legítimas diante de um quadro novo e que caberá a Amae realizar audiências públicas para que todos os assuntos relativos a esgoto sanitário (que compreende captação, tratamento e distribuição de água; coleta e destinação do lixo, coleta e tratamento do esgoto sanitário; e drenagem pluvial) sejam tratados com o envolvimento da população.{jcomments on}

Fotos: Sabrina Seibel

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