Na tarde de hoje, no Plenarinho da Câmara de Vereadores de Joinville, foi palco de acalorado debate no decorrer da reunião conjunta entre das Comissões de Cidadania e Educação, que abriu a discussão para um assunto que está causando uma forte polemica na cidade: a extinção do espaço cultural conhecido como Cantinho do Bera (saudoso músico e instrumentista joinvilense), com a execução do projeto de revitalização do Mercado Público.
Os músicos que freqüentam o local há 25 anos não aceitam as explicações da Promotur, que responde pelo turismo na cidade e pela administração do equipamento público, discordam das mudanças anunciadas e argumentam que o projeto prejudicará as atividades culturais, cerceará espetáculos de chorinhos, boleros, sambas, pagodes e MPB, desenvolvidos no local nas terças e quintas-feiras e nos finais de semana. Para agravar ainda mais o quadro os artistas e instrumentistas acusam a falta de domocracia nas decisões de assuntos que envolvem toda a comunidade joinvilense e afirmam que, sequer foram consultados sobre as mudanças que estão e serão feitas no local.
Para tentar esclarecer a situação, a titular da Promotur, Maria Ivonete Peixer explicou que o projeto apresentado até agora é apenas a planta baixa dos boxes (parte interna), vendidos aos comerciantes e o espaço reservado para os eventos culturais será na parte externa do prédio, que será apresentado à comunidade tão logo tenha sido concluído o processo licitatório. Para os músicos é inaceitável a forma como o Poder Executivo está impondo mudanças à sociedade sem que haja um amplo debate por quem realmente deveria opinar por serem os mantenedores e frequentadores do local.
Os músicos arriscam que, a área cultural da cidade caminha a passos largos para uma grande implosão pois ainda no decorrer desta semana o Poder Executivo encaminhou para análise na Comissão de Legislatição da Câmara de Vereadores um projeto para criar uma orquestra da cidade e na mesma semana publica nos jornais o fim de um dos poucos espaços culturais tradicional por onde já passaram centenas de artistas de renome nacional e até internacional e disponível para os conhecidos e anônimos músicos, instrumentistas e artistas joinvilenses. A vereadora Dalila Leal, presidente da Comissão, decidiu que o assunto não está encerrado e que merece mais discussões. Ela afirmou que a CVJ está a disposição e que a Comissão acompanhará todo o processo de revitalização no mercado.