Na sessão ordinária desta quinta-feira (16), a Tribuna Livre foi ocupada pela “Casa da Vó Joaquina”, entidade que reúne adeptos do Umbanda e Candomblé. Jocila de Souza Barbosa, que preside a associação, chamou atenção dos vereadores para a tolerância religiosa e o respeito ao próximo. Jocila destacou os trabalhados desenvolvidos na comunidade, como o auxílio a jovens envolvidos com entorpecentes.
Jocila pediu tolerância da comunidade e respeito à cultura afro-brasileira e destacou o excesso de denúncias à PM para interromper os cultos do grupo. “Não somos caso de polícia. Só queremos respeito”, pontua. Jocila reforçou a necessidade de áreas naturais de livre acesso para a realização dos cultos.
O vereador Jucélio Girardi sugeriu uma moção coletiva para transformar a estação da Celesc na região do rio Piraí, no bairro Vila Nova, no museu da eletricidade e permitir o livre acesso da comunidade. “É um espaço público, dos catarinenses”, defende Jucélio. O pedido será encaminhado para o governo do Estado. A vereadora Tânia Eberhardt sugeriu uma reunião com grupos religiosos, PM e ambientalistas para evitar atritos desnecessários e melhorar a convivência com a comunidade.
Patrício Destro destacou a necessidade de áreas naturais para a realização dos cultos. “Não precisa acreditar, mas deve-se respeitar e conhecer”, adverte. Osmari Fritiz disse que não se precisa botar em lei uma livre manifestação. O vereador Roberto Bisoni reforçou sua antiga reivindicação de transformar a região em ponto turístico. Já o vereador Marcos Fernandes destacou a necessidade da manifestação cultural. “Não podemos negar a nossa história, nossa cultura”, referindo-se a cultura afro-brasileira.