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Vereadores querem CPI sobre obras do Rio Mathias

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Câmara de Vereadores de Joinville

Foto Mauro Arthur Schlieck

Os vereadores das comissões de Cidadania e de Urbanismo discutiram com comerciantes da região central de Joinville, nesta quarta-feira (7), o atraso das obras de macrodrenagem do Rio Mathias. Alguns vereadores pedem a abertura de uma CPI. Até a publicação desta matéria, falta uma assinatura a abertura. A Comissão de Cidadania aprovou a convocação do secretário de Administração e Planejamento, Miguel Bertolini, para prestar esclarecimentos sobre a obra.

Segundo o presidente de Cidadania, Odir Nunes (PSDB), seis vereadores assinaram um requerimento para criação da CPI. No decorrer da reunião, ele pediu aos vereadores presentes que não assinaram o requerimento que o fizessem. De acordo com o Regimento Interno da Câmara de Joinville, o requerimento de formação de CPI deve se assinado por, no mínimo, um terço dos membros da Câmara de Vereadores, ou seja, sete vereadores.

Convocação

Nunes colocou em votação durante a reunião a convocação do secretário de Administração e Planejamento (SAP), Miguel Bertolini, para prestar esclarecimentos sobre a obra. Ele deverá comparecer à próxima reunião da comissão, no dia 21 de agosto, às 14 horas, no Plenarinho da Câmara.

O secretário fora convidado para a reunião desta quarta, mas não compareceu. Justificou em ofício que a gestão contratual é responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e não da SAP, e que, portanto, a presença da SAP na reunião não seria necessária.

A Seinfra também foi convidada para a reunião, e quem compareceu foi o diretor-executivo, Thalles Vieira. Na reunião, ele afirmou que “o problema está no não cumprimento do prazo, mas a obra está sendo bem executada”. De acordo com levantamento do gabinete do vereador Ninfo Konig (PSB), já se passaram 64 meses desde a assinatura do contrato. O prazo previsto para execução da obra era de 24 meses.

Empresas

Representantes da empresa que fez o projeto e da empresa que está executando a obra estavam na reunião e discordaram sobre a exequibilidade da obra. De acordo com Edu José Franco, sócio da empresa Parallela, que fez o projeto, elas custariam em torno de R$ 66 milhões.

A empresa contratada para executar a obra venceu a licitação por R$ 49 milhões, o que, segundo ele, tornaria a obra inexequível. “Como observador externo acredito que a empresa contratada não tem condições de fazer pelo preço do contrato, pois é insuficiente, se torna inexequível”, disse.

Já Márcio Luiz Martins, sócio da empreiteira Motta Júnior, contratada para a execução das obras, afirmou que o preço é 29,9% do orçado, estando, portanto, dentro da lei, segundo ele. “O preço é exequível, é um preço bom, mas consciente”, afirmou.

Reclamações

Diversos comerciantes, moradores da região central da cidade e munícipes reclamaram das obras. O munícipe Osni Piske mostrou imagens do que chamou de “bagunça” na Rua Jeronimo Coelho e na Via Gastronômica. Segundo ele, as obras são mal sinalizadas e não há segurança.

De acordo com morador e comerciante Maurício Sato, chegaram a surgir animais mortos na área das obras. O comerciante reclamou também da falta de mobilidade que as obras causam. “Nossos colaboradores não conseguem chegar ao trabalho”, disse.

A comerciante Márcia Rosa dos Santos afirmou que “a população grita socorro”. “As obras estão causando o caos no centro. Nós estamos tendo prejuízo de queda nas vendas”, relatou.

Para o morador Ademar Correia, são necessárias respostas. “Promessas nós já tivemos”. Ele citou, ainda, a proposta de CPI: “Já virou motivo de piada. São 19 vereadores e não conseguem as 7 assinatura pra abrir uma CPI?”, questionou.

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