Vereadores e convidados debateram nesta terça-feira (9) os problemas e possíveis melhorias do aterro sanitário de Joinville. No encontro, promovido pela Comissão de Urbanismo, proprietários de terrenos próximos ao aterro reclamaram do mau cheiro no local. Já os representantes da Prefeitura de Joinville e da Ambiental Limpeza Urbana defenderam que o aterro é modelo no país e deverá ser transformado em um ecoparque.
A discussão acerca das questões envolvendo o aterro sanitário foi proposta por Sidney Sabel (União). O vereador alegou ter sido cobrado pela comunidade sobre quais ações estão previstas para o local. Sabel também relatou que recebe reclamações de mau cheiro nas imediações do aterro, localizado na Estrada Bororós, no Distrito Industrial Norte.
Mau cheiro
Empresários que atuam próximos ao aterro sanitário confirmaram a reclamação apresentada por Sabel. Célio Amarildo contou que o problema do mau cheiro é enfrentado após muitos dias de chuva. Ele também relatou já ter feito denúncias acerca do lançamento de dejetos em um rio que passa ao lado do aterro. Segundo Célio, nenhuma medida foi tomada.
João Pedro Rodrigues disse já ter observado as águas do rio Mississipi, em trecho próximo ao aterro sanitário, com sinais de poluição. Outro empresário, Pierre de Richter, defendeu, pela importância da via, a pavimentação da Estrada Bororós. O pedido recebeu apoio de Sabel.
A respeito das reclamações de mau cheiro, representantes da Prefeitura apresentaram contraponto. Diretora da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Ana Rizzati afirmou que a pasta não tem recebido reclamações do problema.
A gerente da Secretaria de Infraestrutura, Marília Gasperin, disse que o aterro sanitário possui controle do Instituto de Meio de Santa Catarina (IMA) e apresenta dados relativos ao odor dentro dos padrões ambientais determinados para o espaço. Ela contou que a medição é feita semestralmente e em nenhum momento esteve fora do adequado.
Sobre o espaço físico do terreno do aterro sanitário, Marília informou que já há uma nova área licenciada para a ampliação do aterro, a chamada “Área 3”. Com relação ao contrato de concessão, ela informou que o mesmo está prorrogado até novembro de 2032.
Ecoparque
Um projeto que prevê a transformação do aterro de Joinville em um Ecoparque, que será aberto ao público e terá visitas guiadas explicando como o aterro funciona. O projeto também prevê a instalação de uma usina de geração de energia a partir de material orgânico e deverá ser apresentado à Prefeitura e ao IMA até o mês de outubro. As informações foram repassadas pelo gerente técnico da Ambiental Limpeza Urbana, Everton Herzer. A empresa é responsável pela coleta e destinação do lixo em Joinville.
O projeto atende a um pedido apresentado por Henrique Deckmann (MDB) durante a reunião. O vereador ainda sugeriu que a Prefeitura de Joinville elabore campanha educativa sobre a forma de separação do lixo.
Sidney Sabel e Wilian Tonezi sugeriram uma nova reunião sobre o tema, desta vez no aterro sanitário, para que o projeto do Ecoparque seja apresentado e discutido com os vizinhos do local. A intenção dos vereadores é que o encontro seja realizado em meados de outubro.