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Vereadores discutem segurança do bairro Espinheiros em audiência pública

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Audiência Pública

Com o objetivo de discutir e encontrar soluções para a segurança pública do bairro Espinheiros, os vereadores da Comissão de Proteção Civil e Segurança Pública, ouviram moradores do bairro em audiência pública na noite desta terça-feira (17), na Câmara de Vereadores de Joinville. A audiência foi presidida pelo vereador Kiko do Restaurante (PSD).

A discussão foi proposta pelos vereadores Brandel Junior (Podemos), Adilson Girardi (MDB) e pela vereadora Ana Lucia (PT), após reunião realizada no dia 21 de março, com o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do bairro Espinheiros que aconteceu na Associação de moradores da Entrada do Espinheiros (AMESP). Na ocasião, moradores solicitaram ajuda aos vereadores para a realização da audiência pública para juntos encontrar soluções para a segurança pública.

O presidente do Conseg, Marcos Martins, disse que recebe muitas demandas diariamente, porém, a principal reivindicação da comunidade é mais policiamento com rondas, blitz e vigilância por vídeo monitoramento na região. Segundo Marcos, cerca de 80% das reclamações recebidas por moradores estão relacionadas a perturbação de sossego e poluição sonora. “Desde março de 2020 estamos aguardando por ações mais efetivas dos órgãos competentes”, afirma Marcos.

Edson Falcão, diretor de mobilidade do Conseg em sua fala, afirma que a região Comasa/Espinheiros está abandonada e sem representatividade política e pública nos últimos 10 anos. Falcão, cobra parcerias da prefeitura para investimentos na mobilidade urbana e segurança pública do bairro.

Manuel da Costa, diretor Social do Conseg, reivindica ações concretas e com respostas do prefeito. Ele afirma que a comunidade tenta marcar uma audiência com o prefeito Adriano Silva (Novo) para sugerir ações, porém, não é ouvida.

A polícia militar informou que em 2021 foram realizadas 131 ações de atividades preventivas com rondas e blitz no Espinheiros. “Neste ano foram 65 ações e o Espinheiros é o nonagésimo bairro com mais ocorrências de perturbação do sossego”, disse o tenente-coronel Celso Mlanarczyki Júnior, comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar. Ele ressaltou que 30% das ocorrências são de perturbação do sossego nos finais de semana.

O gerente da Guarda Municipal de Joinville (GMJ), Eduardo Ferraz, explicou que o efetivo da GMJ hoje é reduzido e conta em média com três guarnições para circular por toda a cidade. Porém, 44 novos guardas participam da formação e treinamento com armas para integrar a GMJ. Com a atuação dos novos servidores, a Guarda Municipal de Joinville aumenta seu efetivo para o trabalho operacional. O efetivo será de 79 guardas. “Conseguiremos atender com mais rondas e presença nos espaços públicos, como por exemplo, nas praças, terminais urbanos de ônibus, rodoviária, escolas públicas municipais, segurança nos eventos públicos, entre outros. Assim, poderemos atingir mais nosso objetivo de trabalho que é proteger a população que frequenta os espaços de uso coletivo público e promover a cidadania com uma maior interação com a comunidade”, informa Ferraz.

O vereador Brandel Junior (Podemos) defende a descentralização de determinadas compras. “Essas compras de câmeras de monitoramento poderiam ser feitas dentro do Departamento de Trânsito de Joinville (Detrans) para dar mais celeridade às ações da polícia”, afirmou Brandel.

Adilson Girardi (MDB) disse que a perturbação do sossego é uma reclamação comum em vários bairros de Joinville. Girardi é favorável à elaboração de uma proposta de emenda para a Lei Complementar 438/2015 com medidas administrativas mais severas.

A vereadora Ana Lucia (PT) falou que é necessária uma nova legislação para que as pessoas tenham responsabilidades. “Infelizmente, é um problema de educação, as pessoas olham para a sua satisfação pessoal e não consideram que há um limite dessa liberdade”, afirmou Ana.

O vereador Kiko do Restaurante (PSD), morador do bairro Espinheiros, disse que o pedido de um novo acesso para o bairro Espinheiros foi a sua primeira demanda entregue à Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (Sepud). Ele afirma que fez várias solicitações com mais de 200 indicações, entre elas (lombadas, limpeza, manutenção de boca de lobo, sinalização, placas) para o bairro Espinheiros e Comasa.

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