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Viga removida na obra do Rio Mathias contribuiu para queda da calçada no Natal Cultural

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Queda de calçada

A queda da calçada durante o evento Natal Cultural, em 22 de novembro de 2021, segue repercutindo na CVJ. Hoje, os vereadores membros da comissão especial criada para analisar as irregularidades e responsabilidades no evento ouviram o secretário de Infraestrutura, Jorge Luiz Correia de Sá, e engenheiros da secretaria.

As obras de macrodrenagem do rio Mathias voltaram à tona durante o debate. O relator da comissão, o vereador Alisson Julio (Novo), pediu informações sobre as investigações internas da Seinfra. Conforme o secretário, a retirada de uma viga datada de 1971, durante as obras de macrodrenagem do Rio Mathias, resultou uma alteração estrutural que comprometeu a estabilidade da calçada.

Sem a viga, a estrutura deixou de ser sustentada de forma biapoiada (quando há dois pontos de apoio) para ser uma estrutura em balanço (sustentada em um único ponto), e acabou cedendo com o peso do público no evento natalino.

Mas a retirada da viga não era de conhecimento do poder público, conforme Jorge Sá, que afirmou também que a informação não consta no diário de obras do rio Mathias (diário ou caderno de obras é o documento que registra a evolução de uma determinada construção).

Foi com base nas informações anteriores à retirada da viga que o engenheiro Emerson Luiz Pagani calculou a obra de cobertura de áreas abertas do rio Mathias na região dos arredores.

“Lá atrás já havia sido pedida a apuração de responsabilidade do consórcio [executor das obras do rio Mathias] por fraude em laudos dessa obra e nós fomos surpreendidos que o CREA arquivou o processo”, disse o coordenador da unidade de drenagem da Seinfra Fábio de Oliveira.

Em razão das informações, o vereador Lucas Souza (PDT) entende que a comissão deve voltar seu foco para analisar as obras de macrodrenagem do rio Mathias e pediu que a empreiteira Motta Júnior seja convocada.

Comentando o caso, o vereador Claudio Aragão disse que “ali existia realmente um buraco aberto. Não tinha outra situação, não tinha outra coisa; um buraco pequeno. E alguém com interesse de querer dar uma maquiagem naquela situação foi lá e fechou, ponto”.

Aragão afirmou que as placas de concreto, somadas à população aglomerada no momento da queda, teriam até 30 toneladas, citando como fonte engenheiros da Seinfra.

A reunião foi presidida pelo vereador Wilian Tonezi (Patriota) e também contou com a presença do vereador Kiko do Restaurante (PSD).

Próximas reuniões

A comissão especial já tem atividades previstas para as próximas semanas. Na próxima terça-feira (15), os vereadores irão ao local do acidente na presença de técnicos e representantes da Seinfra e do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.

Na terça-feira seguinte, dia 22, às 9h, os vereadores ouvirão o engenheiro Emerson Luiz Pagani, a engenheira Elisângela Bresciani, representantes do consórcio Motta Júnior e da Procuradoria-geral do Município.

Durante a realização desses encontros, a comissão vai aguardar o recebimento do laudo do IGP, bem como a documentação oficial da Prefeitura sobre as galerias e pontes, de alvenaria ou de madeira, da cidade, estimadas em mais de 500.

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