Vereadores e convidados debateram nesta quarta-feira (13) a importância da alimentação adequada para celíacos nas escolas e hospitais de Joinville. Além de apoiar cardápios seguros para quem tem a intolerância à ingestão de glúten — proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte — os convidados defenderam o cuidado na manipulação dos alimentos para impedir a contaminação das refeições durante o preparo.
Tal discussão foi proposta pela representante da Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra), Heloísa Bade. Ela contou que por vezes os celíacos não recebem a alimentação adequada nas escolas e unidades de saúde do município.
Conforme Heloísa, o protocolo para celíacos exige que a alimentação seja isenta de glúten por toda a vida para manter a doença adormecida no organismo. A estimativa, segundo a Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra), é que 1% da população mundial seja celíaca.
Com relação às merendas escolares da rede municipal, a representante da Secretaria de Educação, Márcia Schneider, informou que há o fornecimento de lanche individualizado para celíacos. Da mesma forma, no âmbito das escolas estaduais, a nutricionista da Secretaria de Estado da Educação, Beatriz Belli, também declarou que as cozinhas não possuem espaços próprios para a preparação das merendas para celíacos. Porém, ela afirmou que existe orientação para que o preparo atenda à necessidade alimentar dos alunos.
Beatriz contou que, dos 540 mil alunos da rede estadual em Santa Catarina, menos de 1% tem alguma necessidade alimentar nutricional, mas não há um dado específico sobre celíacos.
Na avaliação da reunião, o vereador Cassiano Ucker (União) analisou que é necessário o desenvolvimento de políticas de rotina de cuidado da alimentação.
Em virtude da ausência de representantes dos hospitais de Joinville, a comissão aprovou requerimento, proposto por Henrique Deckmann (MDB), para que um documento seja enviado com orientação para que busquem a Acelbra para atender pacientes celíacos da forma adequada.