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Memória CVJ: Há 90 anos, nascia Arinor

Em agosto de 1935, nascia Arinor Vogelsaner, empresário, vereador, e nome do plenário da CVJ

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Por Patrik Roger Pinheiro, historiador e coordenador do Memória CVJ.

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Em 1935, o Brasil vivia o Período Constitucional da Era Vargas. Em Joinville, como em todo o país, o governo era realizado por um prefeito não eleito, e não existia um Poder Legislativo com seus vereadores.

Foi em agosto desse ano que nasceu Arinor Volgesanger, empresário, vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Joinville.

Família Vogelsanger

De origem suíça (Cantão de Schaffhausen), a família Vogelsanger chegou em Joinville em 1852. Os bisavós de Arinor imigraram com dois meninos. Um deles, Jacob, era o avô de Arinor. O outro, Miguel, foi conselheiro municipal de Joinville, ou vereador, durante a Primeira República.

Conforme narrado no livro “Suíços em Joinville – O Duplo Desterro”, do autor Dilney Cunha, contou Arinor àquele historiador que os irmãos Jacob e Miguel montaram uma serraria na região do Piraí, no que hoje chamamos de zona rural do Vila Nova. Um empreendimento que não veio sem muito esforço.

Sem recursos para adquirir o maquinário, os pertinazes irmãos Vogelsanger trabalharam dois anos para um fazendeiro na Lapa, no Paraná, reuniram o valor necessário, e, de volta a Joinville, concretizaram o sonho de abrir a serraria.

Arinor, empresário e liderança política

83 anos depois da chegada dos primeiros Vogelsanger, em agosto de 1835, nasceu Arinor. Empreendedor, Arinor abriu, em 1970, a bem conhecida empresa de britagem na estrada Piraí. Ele também foi presidente da Associação de Municípios do Nordeste/SC (AMUNESC), em 2000.

Em 1992, Arinor decidiu entrelaçar sua trajetória pessoal com a história da Câmara de Joinville. Ao sair candidato pelo PMDB, acabou sendo o sexto vereador mais votado naquelas eleições, vindo a integrar a 12ª Legislatura (1993-1996).

O povo aprovou seu trabalho, já que nas eleições seguintes, de 1996, ele retornou ao legislativo municipal para atuar na 13ª Legislatura (1997-2000).

Eleito presidente da casa no ano 2000, na segunda metade desse ano Arinor precisou assumir a prefeitura, porque o prefeito Luiz Henrique se licenciou para buscar a reeleição e o vice, Henrique Loyola, assumiu uma cadeira no senado como suplente.

O plenário sou eu

Não, esse entretítulo não quer dizer que Arinor usava uma frase autoritária à maneira do rei Luís XIV. É que, em 2006, a Câmara inaugurava sua nova sede, e o homenageado que emprestou o nome ao plenário foi justamente Arinor Volgesanger. Um ano antes, ele recebeu na CVJ o título de Cidadão Benemérito. Além dessas honrarias, Arinor também nomeou uma escola no bairro Vila Nova.

Entre o título recebido, em 2005, e a inauguração de sede da Câmara, em 2006, Arinor faleceu, em dezembro de 2005. Foi há 90 anos que ele, cheio de iniciativa, nasceu em Joinville. Foi há 20 anos que ele, depois de múltiplas labutas, nos deixou.

Plenário, nomeado em homenagem a Arinor/Mauro Schlieck/CVJ

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