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Vereador busca entendimento entre táxis comuns e adaptados

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CVJ recebeu representantes de taxistas e deficientes para debater pontos livres

 

O vereador Manoel Bento promoveu, na noite desta segunda, encontro entre taxistas e deficientes físicos para buscar entendimento sobre a distribuição de carros adaptados. Taxistas de carros comuns discordam da regra de ponto livre para eles e se queixam da concorrência. Comissão será criada para minimizar divergências.

O custo para adaptação de um táxi chega a R$ 90 mil. Joinville tem nove desse tipo. Eles são destinados a pessoas com mobilidade reduzida definitiva, como deficientes e idosos, ou temporária. Os táxis adaptados cumprem regras de licitação da prefeitura, que estabeleceu os pontos livres.

O presidente da Cooperativa Rádio Táxi, Lindolfo da Trindade, defendeu a adaptação dos carros, mas com pontos pré-estabelecidos e “uma política de distribuição” desses automóveis.

“Está faltando organização entre os adaptados, para que não cheguem vários carros no mesmo ponto”, opinou Trindade.

“Nós temos direito de ser atendidos como qualquer pessoa que não tem deficiência”, pediu o presidente do Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência (Comde), Paulo Sérgio Suldóvski.

Para o consultor e especialista em acessibilidade do Comde, Mário Cesar da Silveira, “a licitação causou problema porque mudou uma regra vigente: os pontos têm donos”.

Ele sugeriu a criação de comissão de taxistas, conselho de deficientes e Seinfra para avaliar se há pontos de táxis que podem receber adaptados.

A reunião foi presidida pelo vereador Manoel Bento. Ele pediu “sensibilidade” dos convidados para que a legislação atenda aos dois lados com eficiência. Ele apoiou a criação de comissão de taxistas e deficientes físicos e se colocou à disposição.

Rixa

Segundo o presidente da cooperativa de táxi, Lindolfo da Trindade, houve rixa entre taxistas, no começo da implantação dos adaptados. Agora, disse, há maior aceitação.

Outro taxista, no entanto, relatou até “ameaças de morte” por parte de motorista que se sentiu afetado pelos adaptados.

“Ninguém é contra o adaptado, mas (queríamos) que eles fossem melhor distribuídos na cidade, não concentrados no centro”, disse o taxista Antônio Vicente da Silva Júnior.

Para o presidente do Comde, “os táxis acessíveis estão cumprindo um papel de suma importância e essa política não pode retroceder”.

Foto de Nilson Bastian.

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