Aconteceu na noite de terça-feira uma reunião da Comissão de Participação Popular com o objetivo de ouvir a comunidade sobre a instalação de uma pedreira na localidade de Canela, no Distrito de Pirabeiraba, em Joinville. Centenas de moradores participaram da reunião que aconteceu na Escola Municipal Emílio Paulo Roberto Hardt.
O encontro contou com a presença dos vereadores Maycon Cesar (presidente da Comissão) e Rodrigo Fachini (membro da Comissão); do deputado estadual Sandro Silva; do presidente da Associação de Moradores do Canela, Amarildo Simões Pires; e do gerente da subprefeitura de Pirabeiraba, Nelson Bansen. Nenhum representante da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) compareceu à reunião.
A acadêmica de biologia Andressa Karine Golinski dos Santos, em sua explanação, alertou a comunidade e as lideranças para os malefícios que a instalação da britagem poderá trazer à comunidade. “O relatório e o estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) não condizem com a realidade da nossa região”, afirma ela. Segundo ela, haverá desvalorização das propriedades, poluição sonora e, com base no EIA/RIMA, detonações de rochas, podendo trazer poeira e transtorno aos moradores.
Na opinião do presidente da Comissão de Participação Popular, Maycon Cesar, como o encontro não teve a participação da Fatma, a intenção é ir até Florianópolis, na sede da instituição, para poder cobrar uma definição sobre a instalação da empresa de britagem na localidade de Canela. “Se for o caso, entraremos com uma ação pública cível contra a instalação desta empresa de mineração”, frisa Maycon.
Para o vereador Rodrigo Fachini, a mobilização da comunidade é de extrema importância, como está acontecendo no dia de hoje. “Sem dúvida, temos que elaborar um Plano Diretor da Mineração em Joinville para que possamos definir o que pode e o que não pode ser feito neste segmento. Este Plano seria o primeiro de Santa Catarina”, destaca Fachini.
“A comunidade deve sim que se preocupar com o futuro sustentável da região”, ressalta o deputado estadual Sandro Silva. Já o presidente da Associação de Moradores do Canela, Amarildo Simões Pires, ressalta que a comunidade está bastante mobilizada e “correndo contra o tempo”.
O assunto deve voltar a ser discutido em breve na Comissão de Participação Popular da Câmara de Vereadores de Joinville.