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Saúde cobra repasses a Hospital Infantil

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Vereadores vão visitar Hospital Infantil e fazer reunião extraordinária
Vereadores vão visitar Hospital Infantil e fazer reunião extraordinária

Representantes do governo do estado serão convidados para explicar a situação que levou ao cancelamento de consultas e procedimentos agendados em algumas especialidades do Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. O debate está marcado para reunião extraordinária da Comissão de Saúde na próxima quarta-feira (11), às 15h. O cancelamento está relacionado à falta de repasses pelo governo do estado, e acarreta também a falta de pagamento a trabalhadores do hospital.

Para a reunião serão convidados representantes da Secretaria Estadual de Saúde, da Agência Regional de Desenvolvimento (ADR, antiga SDR), do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Pública Estadual e Privada de Florianópolis e Região (Sindsaúde; que atende os trabalhadores de Joinville) e a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O Conselho Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde também serão chamados para o debate.

Conforme o presidente da Comissão de Saúde, vereador João Carlos Gonçalves (PMDB), os procedimentos agendados têm sido cancelados porque há um déficit de R$ 13,5 milhões em repasses do governo do estado à Organização Social Hospital Nossa Senhora das Graças, que administra a unidade desde 2008. Dentre os procedimentos cancelados estão 20 consultas labiopalatais.

Segundo o parlamentar, o governador Raimundo Colombo teria se comprometido a enviar um repasse para a instituição até esta sexta (6), após ofício encaminhado por 24 entidades da sociedade civil. O repasse mensal previsto em contrato para a entidade é de R$ 6 milhões, mas não está ocorrendo desde meados de fevereiro, conforme discurso de João Carlos na sessão de segunda (2).

Membro da comissão, o vereador Adilson Mariano (PSOL) entende que o problema está no modo escolhido pelo governo do estado para prestar o serviço. O parlamentar defende que serviços de saúde devem ser prestados pelo Estado, sem intermediação de organizações privadas, e diz que o fato de o serviço ser prestado por uma organização social implica “terceirização da culpa”, à medida que os governos podem se defender dizendo que o problema ocorre por conta da organização social.

Visita

Os vereadores da comissão também devem visitar o hospital nesta terça-feira (10), pela manhã, um dia antes da reunião. A ideia foi proposta pelo vereador João Carlos.

Texto: Jornalismo CVJ, por Sidney Azevedo / Foto: Daniel Tonet

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