Os números monstram que a saúde pública não avançou, plenamente, na parte preventiva em Joinville, pelo contrário, deixou a desejar, regrediu quando o objetivo foi atingir metas em prevenção. A estatística comprova que houve um considerável volume de atendimentos e procedimentos, mas ainda carece de resolutividade. Na prestação de contas da saúde pública joinvilense no último quadrimestre realizada na Câmara de Vereadores de Joinville, na tarde de quinta-feira, dia 27, surpreendeu negativamente muita gente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no ano passado o Sistema Único de Saúde – SUS – (um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país), foi responsável por 250 mil consultadas especializadas, 371 mil consultas básicas, 423 mil emergenciais, totalizando mais de 1 milhão de procedimentos médicos, clínicos e hospitalares.
Dividindo esses números pela população de Joinville, a média foi de 2,035 consultas/ano por habitante. A apresentação dos dados ficou a cargo de funcionários da Secretaria. No primeiro quadrimestre deste ano foram contabilizadas 133 mil consultas básicas e 89 mil especializadas, no segundo quadrimestre foram 87 mil consultas básicas e 77 mil especializadas.
Os números provam que a demanda por exames ainda constitui-se num maiores transtornos para a população joinvilense e coloca a saúde no topo das preocupações para a população e para os gestores públicos, considerando que 13 mil pessoas esperam por uma ultrassonografia, 900 por uma endoscopia e 648 por uma tomografia. Justamente os mais caros procedimentos e onde o setor público não consegue dar uma resposta a altura do que espera a sociedade.
Os exames preventivos para as mulheres também estão abaixo das metas estipuladas pelo SUS. Apenas 21% das mulheres entre 25 e 64 anos fizeram o exame preventivo no ano passado, quando a meta era de 30%. Os números relativos a mamografia são ainda mais baixos, a meta que era atingir 40% das mulheres entre 50 e 69 anos, apenas 18% fizeram o exame no ano passado.
Para esse ano, a Secretaria de Saúde trabalha pra reverter esses números, no segundo quadrimestre, por exemplo, o número de mamografia está em 43%.
A boa notícia é que os números da mortalidade infantil caiu, no ano passado foram 75 óbitos, esse ano foram 35 (*) para cada mil bebês nascidos em Joinville.
(*) – até o mês de agosto.