Na medida em que surgem as novas técnicas em relação a modernidade com o advento da internet, automóveis com alta tecnologia, equipamentos de informática tidos como “top” de linha, alimentação especial para todos os gostos e necessidades e outros recursos que visam melhorar a qualidade de vida da população, também ocorrem, quase que de forma automática, as mudanças de costumes e comportamentos da sociedade. O mais complexo e que está resultando em graves e grandes impactos para as famílias e para a saúde pública é o crescente, assustador e nefasto consumo de drogas lícitas e ilícitas.
Dentro de “uma visão contemporânea da escola sobre o uso das drogas, prevenção, tratamento e prevenção”, o assunto foi o tema do painel que abriu os debates do 3º Seminário Anual Prevenção e Qualidade de Vida, evento realizado no plenário da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), iniciou quinta-feira, dia 27, sob a organização do Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen) e da Escola do Legislativo da CVJ.
Para especialistas e estudiosos um dos fatores que motivam a juventude ao incentivo por este desvio de comportamento é a falta da imposição de limites por parte dos pais. “Os pais estão deixando o excesso de mimo substituir o saber dizer não. Tem pai repassando a responsabilidade da educação de seus filhos para a escola. Está ocorrendo uma inversão de obrigações e também de valores”, explica uma integrante da Pastoral da Juventude (que pediu para não revelar seu nome).
Tem pai permitindo que os filhos cresçam pensando que tudo podem e quando atingem a adolescência passam a ter certeza de que realmente podem fazer o querem, disse. A partir daí é que não conseguem mais recuperar o espaço deixado para trás, “em algum momento alguém da família falhou”, alerta.
Todo um contexto didático, científico e programático foram debatidos. Participaram da programação de abertura Ednéia Casagranda Bueno, pós doutora e professora de graduação e mestrado da Univali. Noêmia Liege Maria da Cunha Bernardo, mestre em ciências farmacêutica, Vânia Floriani Noldin, doutora em ciências farmacêuticas, Ana Paula Veber, mestre em ciências farmacêuticas, todas são professoras na Univali. Eloiza de Brito, psicóloga Univali. A programação segue na sexta-feira.
