Os vereadores que integram a Comissão de Urbanismo tiveram longa reunião nesta tarde com representantes de bancos, de associações de pessoas com deficiência e do Procon para discutir a aplicação de pelo menos sete leis vigentes em Joinville, que visam assegurar atendimento de qualidade especialmente a surdos, cegos e deficientes físicos, assim como mais segurança a todos os clientes de um modo geral.
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF), Banrisul e Safra enviaram seus representantes. Itaú, Santander, Bradesco e a própria Federação Brasileira de Bancos (Febraran) ignoraram o convite dos vereadores para o debate.
As leis vigentes são as seguintes: 7.987/2015, 8.177/2016, 8.190/2016, 8.222/2016, 8.245/2016, 8.284/2016, 8.285/2016.
Representante da Associação Joinvilense dos Deficientes Visuais (Ajidevi) destacou que Banco do Brasil e Bradesco têm acessibilidade, depois de um cadastramento prévio junto aos funcionários dos respectivos bancos.
Paulo Soares, que falou em nome do Banco do Brasil durante a reunião, assegurou que o BB tem intenção de atender bem a todos. Ele disse que são 10 unidades em Joinville, e que vai reforçar do treinamento dos funcionários designados a atender pessoas com deficiência, para tentar reduzir o tempo de atendimento, problema mencionado pela Ajidevi.
Sérgio Luiz Barreto, presidente Associação dos Deficientes Físicos de Joinville (Adej), pediu mais humanização e convidou os representantes dos bancos a visitar a entidade para conhecer de perto as dificuldades das pessoas com deficiência.
Rodrigo Monteiro, representante da CEF, disse que o banco tem interesse em atender a todos. Os terminais são adaptados e as mesas de atendimento também possuem adaptação, assegurou. Monteiro disse, ainda, que o banco está em processo de inclusão de dois intérpretes de Libras em cada agência.
Já Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Comde) cobrou mais prática e menos “casos pontuais”. “O discurso já não é mais suficiente”, na avaliação dos conselheiros.
O Procon de Joinville informou que, especificamente no caso da Lei nº 8.245/2016, absolutamente todas as agências foram notificadas. O prazo de adequação vence no dia 22. Depois disso, poderão sofrer as sanções, caso não cumpram as regras.
O vereador Jaime Evaristo, presidente da Comissão de Urbanismo, deve marcar uma diligência dos vereadores da comissão para conferir in loco as adequações.
Texto: Jornalismo CVJ. Foto: Sabrina Seibel