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Vereadores fiscalizam andamento das obras de reforma da rodoviária

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Câmara de Vereadores de Joinville

Foto de Mauro Arthur Schlieck

Os vereadores da Comissão de Urbanismo fizeram uma visita ao canteiro de obras de reforma da rodoviária na manhã desta quarta-feira (26). A ideia da fiscalização partiu da vereadora Tânia Larson (Solidariedade), que visita o local semanalmente e diz perceber “uma certa lentidão nos trabalhos”.

A reforma — que vai custar R$ 2.420.598,91 — começou em março e tem prazo de 12 meses para conclusão, segundo Luiz Carlos da Silva Januário, gerente administrativo do Ipreville. Ele enfatiza que o valor investido é desvinculado das verbas de seguridade social dos servidores públicos municipais; ou seja, vem diretamente do caixa administrativo do instituto.

O Ipreville é o proprietário do imóvel desde 1998, quando a Prefeitura fez a transferência do patrimônio para saldar dívidas previdenciárias com o instituto. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura, aluga o imóvel por R$ 125 mil por mês e faz a operacionalização do terminal.

De acordo com o gerente da rodoviária, Saliba Nader, atualmente em torno de 1,8 mil passageiros passam pelo local todos os dias. Isso gera em torno de R$ 90 mil a R$ 100 mil mensais de arrecadação em taxa de embarque.

O dinheiro, em tese, deveria custear a reforma. Dadas as condições estruturais do terminal, entretanto, Prefeitura e Ipreville chegaram à conclusão que a obra seria custeada pelo Ipreville, já que a arrecadação da taxa de embarque não é suficiente para solucionar todos os problemas.

Com a valorização do imóvel após a revitalização, informou o secretário da Seinfra, Romulado França, é possível que haja uma repactuação de valores de locação para que o Ipreville possa recuperar pelo menos parte do investimento. Nader também admitiu uma possibilidade de revisão na taxa de embarque, que, segundo ele, está defasada se comparada ao que se pratica em terminais do mesmo porte em outras cidades do estado e do país.

O que vai melhorar

Todas as estruturas elétricas, hidráulicas e civis — que compreendem piso, cobertura, corrimãos, acessibilidade e combate a incêndios — serão revitalizadas.

A reforma está sendo tocada em etapas, com o terminal dividido (imaginariamente) em três partes para a realização dos trabalhos. A primeira parte é a do estacionamento, da alça de acesso pela rua Caçador e do terminal, no trecho da área de embarque e desembarque até a primeira rampa de acesso ao piso superior.

É justamente nesta parte que os vereadores verificaram hoje a provável origem do “atraso nas obras”. Três empresas precisam ser deslocadas temporariamente para contêineres, para que os operários possam reformar as salas que elas ocupam.

Segundo Januário e Nader, os contêineres já dispõem de rede elétrica e climatização. As empresas precisariam apenas arcar com a instalação de suas próprias redes de telefonia e internet. E seria este custo que estaria gerando a demora no deslocamento das empresas.

Ontem, informou o gerente da rodoviária, as três empresas foram notificadas oficialmente para que façam a mudança temporária dos seu serviços para os contêineres. As negociações, até então, vinham ocorrendo em forma de “política de boa vizinhança”.

Convite para esclarecimentos

O vereador Jaime Evaristo (PSC), presidente da Comissão de Urbanismo, disse durante a visita que “é inadimissível que um concessionário faça corpo mole e atrapalhe o andamento de uma obra pública, ainda que o prazo de conclusão não tenha terminado”.

Evaristo vai esperar até a próxima terça-feira, dia da reunião ordinária da comissão. Se, até lá, as áreas a serem reformadas não tiverem sido liberadas pelas empresas, ele diz que vai convidar os responsáveis para que prestem esclarecimentos na comissão.

Os vereadores Maurício Peixer (PR) e Rodrigo Fachini (MDB) pediram a Januário e Nader que façam valer os termos dos respectivos contratos de concessão dos espaços e determinem a imediata transferência das empresas para o local temporário, enquanto as obras são executadas.

Segunda e terceira fases

Na segunda fase da reforma, será a vez de movimentar para os contêineres as empresas que ocupam as salas que ficam entre as duas rampas de acesso ao piso superior. Segundo o gerente da rodoviária, este será o momento de maior impacto para os usuários do terminal, porque é o local que concentra cerca de 80% do movimento de pessoas na hora da compra de passagens.

A última fase de obras vai abranger a área entre a outra rampa de acesso e as salas do terminal mais próximas à rua Paraíba. Este deve ser o ponto de menor transtorno, já que são locais com a menor movimentação de pessoas em comparação com as outras duas áreas, a mais central do terminal e a mais próxima à rua Caçador.

A alça de acesso de carros para a área de embarque e desembarque pela rua Caçador, por sua vez, continua sem previsão de reabetura.

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