Na sessão desta quarta-feira (13), a Tribuna Livre foi usada pelo Instituto Viva Cidade e pela Associação Brasil AVC. Na tribuna, o ambientalista Altamir Andrade do Instituto Viva Cidade se declarou contrário ao Projeto de Lei Complementar 49/2017, que propõe mudança na Política Municipal de Resíduos Sólidos (Lei Complementar nº 395/2013) para que a Prefeitura utilize no mínimo 30% de areia descartada de fundição em obras e artefatos que necessitem de areia. Já a vice-presidente da Associação Brasil AVC, Carla Cabral Moro, pediu que os vereadores apoiem a melhoria na reabilitação para pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Altamir Andrade afirmou que existem duas pesquisas de mestrado da Universidade de São Paulo (USP) que indicam que as areias de fundição são graves problemas ambientais. De acordo com ele, as pesquisas indicaram que a disposição de 5 a 10 anos dessas areias em ambientes tropicais ou subtropicais gerariam degradação ambiental, pois a areia contaminaria a água e o solo. Para ele, a areia de fundição não pode ser utilizada em obras, pois vai contaminar a água e o solo de Joinville.
No horário destinado aos partidos políticos, o vereador Wilson Paraíba (PSB), autor do projeto de lei, defendeu a proposta, dizendo que a areia de fundição não causa problemas. Ele afirmou ainda que “jamais apresentaria um projeto de lei que prejudicasse o meio ambiente”.
Controle de sequelas do AVC
A vice-presidente da Associação Brasil AVC, Carla Cabral, afirmou que o AVC é a segunda causa de óbitos e a primeira causa de incapacidade em adultos no Brasil. Segundo ela, são mais de mil casos de AVC em Joinville por ano, sendo que 200 pacientes morrem e 200 ficam com sequelas. Para Carla Cabral, Joinville é uma referência no tratamento do AVC e é uma das poucas cidades brasileiras que oferece a trobectomia como tratamento do AVC pelo SUS, no Hospital Municipal São José. Ainda assim, segundo ela, é preciso aumentar o acesso a reabilitação integral de pacientes com sequelas do AVC na cidade, tratamento em que são necessárias fisioterapia, terapia cognitiva, fonoaudiologia, entre outras terapias.
Texto: Jornalismo CVJ, por Marina Bosio / Foto: Sabrina Seibel