O presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina, o médico Antônio César Franco Garcia, falou hoje pela manhã à CPI da Saúde. Ele reiterou o objetivo de construir um hospital geral na cidade, que poderá ser universitário, e criticou os mutirões de hospitais públicos que têm a intenção de diminuir as filas para as cirurgias.
“É uma coisa mais de marketing, de mostrar que ‘estamos fazendo alguma coisa’, do que realmente uma coisa efetiva”, disse o médico ao relator da comissão, vereador Jaime Evaristo (PSC).
“Na verdade, historicamente, conhecendo os mutirões e a origem do problema, a gente sabe que os mutirões não resolvem. Eles são uma tentantiva de solução pontual que não resolvem nem o problema de demanda, nem de estrutura”, completou o presidente da organização médica.
Franco Garcia também falou do projeto de construção de um novo hospital público geral e eletivo para Joinville. É possível que a unidade funcione como hospital universitário, com tratamento de câncer.
A Sociedade Joinvilense de Medicina informa, em seu site, que trabalha, desde o fim de 2013, no projeto de um hospital com atendimento para SUS e planos de saúde, e que “já conta com o apoio das entidades empresariais da cidade, como a ACIJ, CDL e Ajorpeme, Secretaria Municipal de Saúde, hospitais públicos e privados da cidade e vai avançando para a conclusão da etapa de sensibilização, uma vez que já existe a unanimidade de que a maior cidade do Estado, polo regional dos serviços de saúde para as regiões Norte e Nordeste do Estado, precisa urgentemente de uma unidade hospitalar que responda às necessidades da população nos próximos 25 anos”.
CPI
A CPI da Saúde foi criada em agosto para investigar filas e falta de remédios na rede pública gerenciada pela prefeitura. Desde então, visitou cerca de 40 Unidades Básicas de Saúde, de um total de 55. Prorrogrados em 45 dias úteis, os trabalhas da comissão terminam em fevereiro.
Formam a CPI da Saúde os vereadores João Carlos Gonçalves (PMDB), presidente; Jaime Evaristo (PSC), relator; Maycon Cesar (PSDB), secretário; Manoel Bento (PT) e Roberto Bisoni (PSDB).
Texto: Carlos Henrique Braga
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