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Catarinenses são maioria entre os abordados em situação de rua em Joinville

Comissão de Saúde acompanhou a prestação de contas do Instituto Amor Incondicional (Aminc), responsável pelo serviço de abordagem a pessoas em situação de rua

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RESUMO:O Instituto Amor Incondicional (Aminc) apresentou um relatório à Comissão de Saúde de Joinville sobre seu trabalho de abordagem a pessoas em situação de rua, referente a maio e junho. Nos 620 atendimentos realizados, foi constatado que a maioria dos novos registros era de homens entre 18 e 59 anos, vindos de Santa Catarina e de outros estados do Sul e Sudeste. O relatório também apontou que 63% dos abordados declararam usar álcool e 35% usam drogas ilícitas, além de 28% terem transtornos mentais.

Nesta quarta-feira (13), a Comissão de Saúde acompanhou a prestação de contas do Instituto Amor Incondicional (Aminc), responsável pelo serviço de abordagem a pessoas em situação de rua em Joinville. Referente a maio e junho, o relatório apontou 620 abordagens, com Santa Catarina e Joinville liderando como as origens dos novos registros.

O diretor do instituto, Rodrigo Pereira, detalhou números das abordagens, perfil das pessoas atendidas e encaminhamentos. Dos 620 abordados, 305 foram novos registros; homens com idade entre 18 e 59 anos representam 78% das pessoas abordadas.

Uso de álcool e drogas

Com relação ao uso de álcool e drogas, 63% declararam o uso de álcool e 35%, de drogas ilícitas. Pereira ressaltou que os dados são autodeclarados e que alguns admitem o uso de crack sem se reconhecerem usuários de drogas.

O relatório ainda registrou 86 pessoas com transtornos mentais, o que representa 28% do grupo abordado. Seis pessoas responderam possuir alguma deficiência, em situação de violência/negligência e nove idosos em mesma condição.

Origem dos abordados

Santa Catarina tem 105 registros, o maior grupo entre os 305 novos abordados, seguido por Paraná (56), São Paulo (24) e Rio Grande do Sul (15). Pereira destacou que estados do Norte/Nordeste, com 36 pessoas abordadas no período, “não aparecem com tanta evidência como é pensado”, uma vez que estados do Sul e Sudeste são origem de um grupo maior, com 212 registros.

Entre municípios, Joinville lidera (53), com Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul registrando seis pessoas cada. Apesar da proximidade geográfica com as famílias, Pereira afirmou que a grande maioria rejeita a possibilidade de contato familiar.

Imigrantes totalizaram 49 registros, com venezuelanos (31) e argentinos (7) como principais grupos de estrangeiros.

Rodrigo Pereira fala a vereadores da comissão/Mauro Schlieck/CVJ

Questionamentos

O presidente da comissão, Pastor Ascendino Batista (PSD), e o presidente da Câmara, Diego Machado (PSD), questionaram resultados das abordagens. Ascendino, especificamente, cobrou dados referentes aos encaminhados para internação involuntária e para clínicas terapêuticas, pautas bastante defendidas por ele na comissão e em projetos de lei.

Os vereadores também indagaram sobre a divisão das abordagens por bairros e eventuais encaminhamentos dos abordados para o mercado de trabalho.

Sobre as questões, Pereira explicou que trouxe para a comissão os dados referentes ao trabalho da Aminc, e que as outras demandas ficam sob responsabilidade da Secretaria de Assistência Social (SAS). Na exposição, o diretor da Aminc apontou a realização de encaminhamentos para pernoite no alojamento social Eis-Me-Aqui, para o Centro Pop, para o restaurante popular, para políticas de saúde e para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

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