RESUMO: Joinville apresentou uma tendência contrária ao esperado, pois enquanto a população cresceu de 515 mil para 616 mil habitantes entre 2010 e 2022, os aglomerados subnormais (ocupações irregulares) caíram 56%, de dez para sete áreas. A Secretaria de Habitação atribuiu essa redução a políticas de regularização fundiária e investimentos habitacionais. O tema foi debatido em audiência pública que discutiu a relação entre crescimento e criminalidade.
Enquanto a população de Joinville saltou de 515 mil para 616 mil habitantes entre 2010 e 2022, conforme dados do IBGE, as ocupações irregulares na cidade seguiram trajetória oposta, com redução de 56% dos aglomerados subnormais no período. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (7) pela Secretaria de Habitação durante audiência pública da Comissão de Proteção Civil, que debateu a relação entre crescimento populacional e criminalidade.
No encontro, a secretária de Habitação, Tereza Couto, destacou que o número de áreas irregulares caiu de dez para sete no período de 12 anos, atribuindo o resultado às políticas de regularização fundiária adotadas em Joinville e de investimentos em programas habitacionais. “Estamos em um caminho contrário da expansão”, afirmou, contrastando a realidade joinvilense com os índices estaduais e nacional.
O debate havia sido proposto pelo vereador Mateus Batista (União), que relacionou problemas de segurança pública ao que classificou como “urbanização fracassada” em outras regiões, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo.
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Os representantes das secretarias de Proteção Civil e Meio Ambiente detalharam ações de monitoramento e fiscalização, incluindo o recebimento de 80 a 90 denúncias mensais de ocupações irregulares. Vereadores presentes concordaram sobre os riscos de grandes conjuntos habitacionais em áreas afastadas, defendendo empreendimentos de menor porte em regiões com melhor acesso a serviços públicos como estratégia para evitar a formação de novas áreas de vulnerabilidade social.
Os vereadores Diego Machado (PSD) e Neto Petters (Novo) concordaram sobre os riscos de grandes conjuntos habitacionais em áreas afastadas, defendendo empreendimentos de menor porte em regiões centrais. Machado citou a transformação do Canela, em Pirabeiraba, como exemplo de como a presença do poder público pode reverter quadros de criminalidade através de regularização fundiária, pavimentação e equipamentos sociais.