As comissões da Câmara devem avaliar o licenciamento ambiental do novo hospital da Agemed Saúde, depois que executivos da empresa se queixaram da demora no processo na Secretaria de Meio Ambiente, na sessão desta segunda-feira (22). O presidente da Comissão de Saúde, Maurício Peixer (PR), disse que vai propor às comissões que averiguem a situação.
“Nós vamos assumir essa discussão aqui na Câmara de Vereadores”, falou o vereador.
Executivos e o presidente da Agemed Saúde, Pedro Gonçalo de Assis Júnior, apresentaram a vereadores os planos para construção de um hospital da empresa em Joinville. O Monte Hermon (Montanha Sagrada, em hebraico) está na primeira fase de obtenção de licenças, que deve levar dois anos. O investimento é de R$ 120 milhões.
Segundo a gerente jurídica Amanda Rocha Nedel, o projeto do hospital espera numa fila de licenciamento da Secretaria de Meio Ambiente com outros 800 empreendimentos.
Ela criticou o fato de o hospital não se encaixar em nenhuma regra especial que acelere o processo, já que se trata de um serviço de utilidade pública.
O hospital vai gerar 700 empregos diretos e 1,3 mil indiretos. Serão 60 vagas, em 6 UTIs, e outras 150 vagas na internação, além de oito salas de cirurgia (uma robótica).
O requerimento da participação do empresário na sessão foi apresentado por Odir Nunes (PSDB).
“Caminhos das lei”
Na tribuna, o presidente Pedro Assis ressaltou que, mesmo sendo amigo de autoridades locais, como o prefeito Udo Döhler, nunca pediu tratamento especial para a obra.
Referindo-se às últimas denúncias de corrupção envolvendo políticos e empresas brasileiras, as quais chamou de “lama”, Pedro Assis falou que é preciso “caminhar nos caminhos da lei”.
Texto: Jornalismo CVJ, por Carlos Henrique Braga.