A mudança na metodologia de cobrança da taxa de iluminação pública (Cosip) tem objetivo de aumentar a capacidade de investimento na rede elétrica de Joinville, segundo o secretário de Infraestrutura Urbana, Romualdo França.
Alterando a cobrança de tamanho da frente do terreno para consumo de energia, conforme o Projeto de Lei Complementar 7/2017, ele espera arrecadação 20% maior – dos atuais R$ 1,6 milhão/mês para R$ 1,9 milhão/mês.
Com necessidade de expandir e modernizar a rede elétrica, a Prefeitura optou por mudar a forma de cobrança em vez de aumentar a taxa no formato atual, que considera a testada dos terrenos, disse França ao Jornalismo CVJ.
Conforme o novo método, passaria a pagar taxa mais alta os consumidores da faixa de 201 kilowatts (kw) em diante. Para esses consumidores, a Cosip pode ficar até 120% mais cara, diz França.
Já para 35% dos consumidores de faixas mais baixas (como a de 1 a 30 kw), a Cosip ficará mais barata.
“Os que consomem mais energia são os que têm mais capacidade de fazer esse auxílio social do financiamento da iluminação pública”, considera o secretário.
Com mais dinheiro em caixa (cerca de R$ 300 mil/mês), será possível expandir a rede elétrica para novos bairros e áreas rurais, além de continuar a troca das lâmpadas para as do tipo LED, mais econômicas.
Energia mais cara
Se escolhesse aumentar a taxa como está, para recompor perdas da Prefeitura com aumento no preço da energia paga às Celesc, a alta seria de 67% para todas as classes de consumo.
A medida, considerada “injusta” pelo secretário, deu lugar à proposta do novo formato, adotado, segundo ele, na maioria das cidades catarinenses, que cobram por volume de energia consumida.
A Prefeitura paga R$ 800 mil/mês pela energia consumida na iluminação pública e R$ 1,1 milhão/mês para manter o parque elétrico, de acordo com França.
Texto: Jornalismo CVJ, por Carlos Henrique Braga. Edição: Jeferson dos Santos. Fotografia: Nilson Bastian.