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Seminário aponta benefícios da terapia ocupacional na vida dos autistas

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Debate Semana Autismo Joinville

A CVJ sediu nesta segunda-feira (3) um seminário sobre os benefícios da terapia ocupacional na vida das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento — coordenado pelo vereador Brandel Junior (Podemos) — foi parte das atividades da Semana Municipal do Autismo, período em que o poder público municipal visa chamar a atenção das pessoas para o assunto.

A terapia ocupacional promove saúde e bem-estar por meio de uma ocupação, como brincar, ler ou escrever, o que estimula as crianças a terem autonomia para as atividades do dia a dia. Os terapeutas ocupacionais alcançam esse resultado, trabalhando com as pessoas e a comunidade para aumentar a capacidade de se envolver nas ocupações que desejam ou precisam fazer.

“O brincar é um dos focos da terapia ocupacional. É por meio da brincadeira que as crianças aprendem. A aprendizagem só acontece quando existe motivação”, disse a terapeuta ocupacional Angélica Mareze Loth.

De acordo com estimativa do Conselho Nacional de Saúde, em 2011 o Brasil tinha cerca de dois milhões de autistas. Este número, todavia, deve deixar de ser incerto brevemente. É que uma lei federal de 2019 obrigou o IBGE a perguntar sobre o autismo no censo populacional que está por ser concluído. Com isso, será possível saber quantas pessoas no Brasil apresentam o transtorno e como os diagnósticos estão distribuídos pelas regiões brasileiras.

Demanda por profissionais

Aliana Reinert, mãe de uma menina autista, destacou a falta de vagas no Núcleo de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo (Naipe). A diretora-executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Simone Souza, admitiu que o Naipe não está dando conta da alta demanda. Um dos motivos seria a falta de um processo seletivo específico para profissionais que prestam serviços especializados, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, afirmou a diretora-executiva.

Simone Souza disse, ainda, que, como a maioria dos contratos é de dois anos, e os profissionais precisam passar por treinamentos, quando estão aptos a exercer as atividades ou conseguem firmar um vínculo afetivo com as crianças que atendem, o contrato vence e não há como renová-lo. A secretaria estuda um modelo de processo seletivo que atenda a essa especificidade.

Atualmente, em torno de 500 crianças com autismo estão na fila da escuta qualificada, por causa do déficit de profissionais.

O secretário Diego Calegari Feldhaus, da Secretaria de Educação, anunciou que todos os auxiliares de professores serão chamados pelo concurso público para atender a crianças autistas e com deficiências.

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