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Não à violência infantojuvenil

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Nenhum animal maltrata sua cria, esse comportamento só é observado na raça humana. Animais irracionais oferecem risco a sua prole somente em casos de fome extrema. A frase é da vice-presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e Adolescente, a médica Luci Pfeiffer. A especialista narrou casos de extrema violência, a maioria cometida pelos pais, um deles usava fio de luz dobrado para bater e castigar o filho. Esse tipo de caso foi tema do 1º Seminário de Combate a Violência Contra Criança e Adolescente, que ocorreu na Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), durante o dia de hoje. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a especialista, as crianças sofrem dentro das próprias casas de violência física, psicológica, sexual e negligência. Os sintomas das vítimas de violência são: agressividade, dificuldade no aprendizado e até comportamento semelhante a crianças com problema mental.

Para mudar esse quadro, os adultos precisam se conscientizar que a única solução é denunciar o agressor. “Pouquíssimas pessoas denunciam, as pessoas ainda acham que os pais ou os responsáveis pela criança têm direito pleno sobre a ela, isso é um equívoco e a transformam numa vítima”, explica a médica.

Em qualquer tipo de violência o adulto deve fazer a denúncia imediatamente para o Conselho Tutelar da sua cidade ou pelo Disque 100, número que atende todo o país.

O Conselho faz a investigação, enquanto que o tratamento da vítima é obrigação da Secretaria de Saúde das respectivas cidades onde originaram a constatação dos fatos. O evento, que acontece no plenário do legislativo joinvilense tem como objetivo discutir políticas para atendimento das crianças e adolescentes vítimas de violências e estabelecer o fluxo de atendimento à elas.  

Foto de Sabrina Seibel

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