Segundo o produtor rural e especialista em palmáceas Gervásio Burig, que acompanhou a visita, oito palmeiras imperiais morreram desde 2012 – quatro ainda estão lá, diz ele, que sugere a retirada imediata das árvores mortas para evitar acidentes (uma copa pesa até 150 quilos). 90% das palmeiras estão sem nutrição adequada, diz Burig.
A visita foi sugerida à Comissão de Urbanismo por Maurício Peixer (PR), na semana passada, após relatos do produtor rural.
O gerente da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Reginaldo da Rosa, que acompanhou os vereadores, no entanto, disse que as palmeiras estão vivas, mas reconheceu que precisam de cuidados a longo prazo. Uma comissão deve ser criada com a Secretaria de Cultura, que administra o local tombado, para avaliar qual o manejo será adotado. O documento será apresentado na reunião do próximo dia 8.
O gerente assegurou que as árvores não representam riscos a quem vive, trabalha ou caminha por ali.
O presidente de Urbanismo, Jaime Evaristo (PSC), lamentou a má conservação das palmeiras, e disse que vai cobrar providências do Executivo na reunião.
Peixer também disse que vai exigir da prefeitura um plano de manutenção da Rua das Palmeiras. Segundo ele, os debates anteriores sobre o tema foram rasos.
200 anos
As primeiras 56 mudas de palmeiras imperiais foram plantadas no local em 1873, trazidas do Rio de Janeiro, a pedido do administrador da então Colônia Dona Francisca, informa a placa instalada na rua para turistas. Em 1961, cerca de dez foram replantadas.
Com os cuidados certos, elas podem viver até 200 anos, afirma Gervásio Burig, idade média das “mães” cariocas das palmeiras do centro de Joinville.
Ninfo König (PSB) também acompanhou a inspeção.
Texto: Jornalismo CVJ, por Carlos Henrique Braga / Foto: Sabrina Seibel