A yalorixá Jacila Barbosa, presidente da Associação Casa Vó Joaquina, falou na tribuna livre da sessão desta quarta-feira (9) sobre o acolhimento de pessoas em situação de rua feito pela instituição. Ela disse estar “preocupada e entristecida” por ter sido intimada pela Justiça a acolher uma pessoa saída do presídio, o que seu regimento interno veta por falta de estrutura.
“Não é negar o acolhimento, é cuidar da segurança de minha família [que também vive na casa], de todos que estão sendo acolhidos”, explicou.
Jacila pode ser processada se não cumprir a ordem judicial. Segundo a yalorixá, não existe lei que a obrigue a receber o ex-detento. Ela também não quer rescindir o convênio com a Prefeitura, que rende cerca de R$ 37 mil por mês.
“Eu entendo que essas pessoas precisam de ajuda, de acolhimento, de oportunidades, mas nossa casa não tem estrutura para isso, não temos segurança”, insistiu Jacila.
O presidente Maurício Peixer (PL) solidarizou-se com a yalorixá e disse que uma comissão da Câmara poderá tratar do assunto.