Os vereadores da Comissão de Saúde da Câmara receberam o secretário de Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke, nesta segunda-feira (10). Ele apresentou o relatório de gestão da secretaria do ano de 2022, em audiência pública. A despesa na área cresceu 12%, no ano passado, chegando a R$ 974 milhões.
O vereador Cassiano Ucker (União Brasil) perguntou sobre a queda no repasse de verbas do governo federal, o que já foi motivo de reclamação do prefeito Adriano Silva (Novo) e de nota explicativa do Ministério da Saúde.
O secretário respondeu que os repasses do governo federal fundo a fundo ficaram menores. Em 2020, foram transferidos cerca de R$ 300 milhões, 26% a mais do que em 2022, quando foram recebidos R$ 220 milhões.
O Ministério da Saúde informou que os repasses diminuíram em razão da menor demanda, principalmente de pacientes com Covid-19. Mas o secretário de saúde contesta. De acordo com Kolaceke, a quantidade de internações superou a observada durante o pico da pandemia.
“O que a gente observa, é que não houve redução de demanda, muito pelo contrário, a demanda aumentou”, afirmou o secretário, “na semana passada, nós fizemos 3 mil atendimentos nas nossas unidades de Pronto Atendimento, e estamos vendo as unidades lotadas, com bastante demanda em todos os serviços de saúde, de uma forma que nós não vimos nem no pior momento da pandemia”.
A receita total da saúde de Joinville, no ano passado, foi de cerca de R$ 1,8 bilhão, valor 19% mais alto do que em 2021. Pouco mais da metade desse dinheiro veio de transferências legais e constitucionais – as transferências da União somaram R$ 292 milhões.
Dengue
Ainda em 2022, o município fez 36 mil internações e 9 mil cirurgias. Foram registrados cerca de 14 mil casos de Covid e 21 mil casos de dengue, a principal emergência em saúde atual.
Os bairros Costa e Silva, Comasa, Iririú e Jardim Iririú responderam por 67% dos casos de dengue na cidade, no ano passado.
Vacinação
Além da dengue, outro desafio da gestão municipal é a vacinação infantil. Apenas 77% do público-alvo foram imunizados contra poliomielite no ano passado – a meta era vacinar 95% das crianças menores de 1 ano de idade.
A Comissão de Saúde é presidida por Henrique Deckmann (MDB) e tem como secretário Brandel Junior (Podemos).