Os vereadores da Comissão de Proteção Civil debateram nesta terça-feira (25) a ressocialização dos egressos do sistema prisional. Representantes da Secretaria de Assistência Social e do Centro Público de Atendimento aos Trabalhadores (Cepat) falaram sobre as políticas públicas do município para reinserção dos egressos na sociedade e no mercado de trabalho.
Por sugestão do presidente da comissão, Pastor Ascendino Batista (PSD), os vereadores farão uma visita a penitenciária de Joinville, com o objetivo de entender como é a rotina no momento de saída dos apenados.
O ex-apenado Rafael Luiz Cruz da Silva afirmou que hoje a maioria das penitenciárias atuam de forma punitivista, o que é prejudicial para a sociedade como um todo, já que a prisão não é eterna, e os indivíduos que lá estão vão retornar ao convívio social.
Para Rafael, se as unidades agirem de forma truculenta, é maior a chance de reincidência no crime por parte dos egressos do sistema prisional. Na visão do ex-detento, quando não há políticas de ressocialização, o mundo do crime se torna a opção mais fácil para os egressos.
A secretária de Assistência Social, Fabiana Cardozo, afirmou que o Centro Pop e os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) do município estão abertos para egressos do sistema prisional. A secretária opinou que as políticas públicas existem para abrir as portas para que os ex-apenados consigam se reinserir na sociedade.
A diretora do Cepat, Cristina Nogueira, afirmou que a unidade também está aberta para egressos do sistema prisional. Segundo ela, não existe nenhuma distinção se o usuário passou pelo sistema prisional e não há nenhuma pergunta nesse sentido no cadastramento de trabalhadores.