A medalha Lia Rosa da Silva Jardim de Santis foi entregue nesta quarta-feira (20) em sessão solene na Câmara de Vereadores de Joinville. Ao todo, 10 homenageados foram indicados pelas bancadas partidárias. A medalha é entregue anualmente em reconhecimento às pessoas e instituições que atuam em projetos voltados à inclusão de pessoas com deficiência.

Michele Karine Sanção

Nascida em Joinville, Michele Karine Sanção cursou Pedagogia na Univali de Itajaí, depois fez pós-graduação em Educação Especial, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Alfabetização e Letramento e também Supervisão, Orientação e Administração Escolar.

Atualmente é servidora efetiva na Secretaria Municipal de Educação, no Núcleo de Educação Especial. Lá trabalha diretamente com os professores do atendimento educacional especializado.

Desde 2017 é voluntária do grupo te acolhe, do qual em 2021 tornou-se administradora. O grupo promove encontros de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), treinamentos de equipes, formação em escolas e centros de educação infantil, além de fóruns e seminários voltados para inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista.

Associação dos Deficientes Físicos de Joinville (Adej)

A Associação dos Deficientes Físicos de Joinville (Adej) é uma instituição filantrópica que tem o objetivo de reabilitar e integrar pessoas com deficiência física à sociedade. Para isso, utiliza terapias, capacitação e inserção no mercado de trabalho.

A associação visa independência, socialização, convivência, fortalecimento de vínculos, qualidade de vida e conquista da cidadania pelas pessoas com deficiência física em Joinville. É referência municipal na defesa e garantia de direitos, na prestação de serviços, programas, projetos e benefícios aos deficientes físicos em situação de vulnerabilidade, risco social e violação de direitos.

Associação Paradesportiva de Deficiência Intelectual (Apadi)

Fundada em dezembro de 2019, a Associação Paradesportiva de Deficiência Intelectual de Joinville, desenvolve práticas paradesportivas para crianças, adolescentes e adultos com autismo, deficiência intelectual e síndrome de Down desde 2010.

A entidade foi criada por pais de pessoas com deficiência e profissionais da área, com o objetivo de apoiar, organizar, oportunizar e orientar a prática esportiva em Joinville. As principais atividades da Apadi incluem atletismo paralímpico, natação e iniciação paradesportiva, buscando despertar o interesse e o envolvimento dos participantes pela prática de atividade física.

Claudia Lucia Pereira

Natural de Joinville, Claudia Lucia Pereira começou o trabalho social de confecção de toucas no final do ano de 2018. Na época, ela teve um grave problema de coluna, ficando impossibilitada de caminhar por dois meses. Foi durante uma consulta no Hospital Municipal São José que observou a realidade das pessoas que estavam em tratamento de câncer.

Sensibilizada com a situação daqueles pacientes, perguntou-se como poderia ajudar aquelas pessoas? Na volta para casa, seu marido Marcio Rafael Busnello sugeriu que ela confeccionasse toucas, já que demonstrava muita habilidade com crochê. Em casa, ela pegou alguns fios e, assistindo a vídeos na internet, fez pela primeira vez, uma touca. Seu neto, Enzo Gabriel Ruthes, gentilmente, colaborou, provando as toucas que a avó fazia.

Cláudia então fez uma promessa: se ela se curasse, dedicaria sua vida a confeccionar toucas para aquecer os pacientes oncológicos e pessoas carentes. Começou fornecendo toucas para os pacientes do hospital municipal São José.

Logo ampliou sua produção para o Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria, para a rede feminina de combate ao câncer de Joinville, para a rede feminina de combate ao câncer de Guaramirim e também para o hospital Marieta, em Itajaí.

Centro Esportivo para Pessoas Especiais (Cepe)

O Cepe surgiu do sonho de duas professoras de educação física, Ana Teixeira e Sonia Ribeiro, que observaram a carência de espaços em Joinville para pessoas com deficiência física praticarem esportes. Assim surgiu a Cepe em 2022.

O centro tornou-se espaço para profissionalização do esporte paralímpico e contribuiu para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao paradesporto no município de Joinville.

O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade desenvolvida pelo Cepe. Atualmente, tem também atletismo, basquete, bocha, natação, futebol e atividades voltadas para as crianças.

Antônio Marcos Benedito

Desde 1991, Antônio Marcos Benedito atua em projetos sociais para crianças e adultos. Em 2020, Benedito passou a fornecer aulas de karatê para crianças de diversos níveis sociais, visando a prática esportiva e a inclusão social.

A realização do projeto de karatê conta com a parceria dos membros da Sociedade Ginástica Rio Bonito. Atualmente, 40 crianças são atendidas. Ao longo dos últimos três anos, mais de 100 crianças já passaram pelo projeto “Vida de karatê”.

Faixa marrom em Karatê pela Federação Estadual Catarinense de Karatê Interestilos (Fecaki), Marcos Benedito foi campeão estadual da Associação Cooperativa das Academias de Karate (Acak), vice-campeão brasileiro, campeão paulista, vice-campeão dos jogos regionais e terceiro lugar no campeonato mundial no Uruguai.

Comunidade Evangélica de Joinville

No dia 25 de dezembro de 1851 foi celebrado o primeiro culto luterano em Joinville. Os imigrantes que chegaram com a barca Colon buscaram organizar sua nova vida. Ao longo da história luterana e do desenvolvimento da cidade de Joinville, a Comunidade Evangélica de Joinville, União Paroquial, buscou envolver-se nas questões sociais.

Assim também foi com a criação da Instituição Bethesda, com a criação do Instituto Luterano de Obras Sociais e do Instituto Luterano Campos Verdejantes. Hoje os desafios são urbanos e a reflexão verdadeiramente evangélica é primordial para a transformação de vidas em sofrimento e de um contexto que precisa ser acessível e inclusivo.

Com a finalidade de promover a assistência social a pessoas em situação de vulnerabilidade social, nos seus diferentes segmentos etários: infância, adolescência e velhice, independentemente de cor, raça e credo, a comunidade evangélica promove assistência à saúde física, espiritual e social, preventiva e curativa, notadamente aos dependentes químicos, doentes, pessoas com deficiência e outras que necessitam de ajuda.

Rosemari Silva de Lima

Mais conhecida como Rose, seu envolvimento na ação social começou em meados de 1991, quando tornou-se voluntária na paróquia São Sebastião, do bairro Iririú. Suas habilidades manuais e seu espírito solidário logo se destacaram.

Em 1999, seu comprometimento e capacidade de liderança a levaram a assumir a coordenação da ação social. Rose distribuiu cestas básicas, cadeiras de banho, cadeiras de rodas, camas hospitalares, muletas e diversos outros itens essenciais às famílias.

Ela e seus colegas organizam brechós para angariar fundos para comprar fraldas e cestas básicas, proporcionando ainda mais assistência àqueles que precisam.

Instituto Adria Santos

Morando em Joinville desde 2003, Adria Santos é a maior medalhista paralímpica brasileira, com 13 medalhas conquistadas entre 1988 e 2008. Representou o Brasil durante 27 anos na modalidade de atletismo paralímpico.

Adria Santos é mineira e começou a treinar quando tinha 13 anos, em Belo Horizonte, onde deu os primeiros passos na corrida. Chamou a atenção e logo foi encaminhada para clubes de alto rendimento, disputando campeonatos maiores. Aos 18 anos, perdeu completamente a visão, o que não a impediu de seguir no esporte e de se tornar referência.

Em 2022, inaugurou o Instituto Adria Santos em Joinville. Localizado na Univille, o instituto ajuda crianças que desejam ingressar no esporte e que precisam de apoio. O instituto atende crianças de seis a 12 anos com e sem deficiência visual. Para Adria, fazer algo para as crianças e multiplicar tudo o que aprendeu no esporte paralímpico é um sonho que agora está realizando.

Centro Educacional Dom Bosco

Fundado em 19 de agosto de 1961, o Instituto de Educação e Assistência é uma obra social voltada ao atendimento de adolescentes e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social de toda Joinville e região.

Os adolescentes e jovens têm disponíveis diversas atividades no contraturno escolar. A companhia de arte e cultura desenvolve habilidades de dança, música e esporte. Com a introdução ao mundo do trabalho, os jovens têm atividades voltadas à informática e a comunicação oral e escrita.

O instituto oferece ainda a preparação para assistente administrativo, que leva os jovens ao programa jovem aprendiz com encaminhamento ao trabalho nas mais de 50 empresas parceiras.

Mais conhecido como Centro Educacional Dom Bosco, também oferece o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, com foco no caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento das capacidades dos educandos.