Transtornos causados pela utilização de um terreno na Estrada Comprida, no bairro Vila Nova, foram tema de discussão na Comissão de Urbanismo, presidida por Wilian Tonezi (PL), desta terça-feira (8). Os principais problemas apontados ocorrem devido às obras na rede de esgoto na região, realizada pela Construtora CFO.

A presidente da Associação de Moradores da Estrada dos Morros, Silvia Brummer, destacou como um dos principais problemas o grande fluxo de caminhões na área, que operam das 7h às 19h, e os impactos dessa movimentação. Segundo ela, as movimentações no canteiro de obras estão causando poeira e barulho, perturbando a população. Os moradores também demonstraram preocupação com o aterramento próximo ao rio na área, temendo consequências ambientais.

A obra, realizada pela Companhia Águas de Joinville, por meio da terceirizada CFO, visa resolver problemas antigos na rede de esgoto do Vila Nova. O representante da Companhia, César Meier, garantiu que os materiais utilizados não são contaminantes e que medidas foram tomadas para reduzir os impactos, como a umectação do solo para minimizar a poeira e a redução da frequência de caminhões.

A obra, segundo Meier, está na fase final e tem previsão de conclusão no primeiro trimestre de 2025. A Companhia também ressaltou que está atenta aos impactos ambientais, especialmente em relação ao controle de resíduos que possam afetar os rios da região.

O que disse a Sama

A gerente de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente (Sama), Sarah Sabrina Leal, destacou que o órgão está tomando as devidas medidas e acompanhando as reclamações enviadas pela ouvidoria. A fiscalização notificou a construtora para regularizar as operações.

Em relação ao parcelamento irregular do solo, Sarah afirmou que ainda não houve esclarecimentos sobre o caso, mas que a SAMA está à disposição para investigar a situação. Além disso, reforçou que a secretaria está aberta para receber os moradores não apenas por meio da ouvidoria, mas também pessoalmente, para ouvir e discutir as preocupações da comunidade.

A Comissão de Urbanismo decidiu enviar ofício à Prefeitura pedindo providências.

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