A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos fez uma audiência pública nesta segunda-feira (19) para discutir a tarifa zero no transporte coletivo de Joinville. O debate foi proposto pela vereadora Vanessa da Rosa (PT), com participação dos vereadores Neto Petters (novo), Instrutor Lucas (PL) e Lucas Souza (Republicanos).
Estudantes, trabalhadores, representantes de entidades de classe, movimentos sociais e partidos políticos reclamaram da qualidade do serviço e refutaram os dados apresentados pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
Esta foi a primeira discussão efetiva sobre a possibilidade de implementação da tarifa zero em Joinville. Tal direito é assegurado aos usuários de transporte coletivo de 132 cidades brasileiras, dentre elas oito cidades catarinenses, como, por exemplo, Balneário Camboriú.
Vanessa da Rosa acha é possível Joinville também fazer um movimento nesta direção. A vereadora enumerou formas de subsidiar esta gratuidade, dentre elas um fundo municipal, que seria alimentado pelo estacionamento rotativo, multas, IPTU progressivo, além das próprias empresas que hoje pagam ônibus especial para o transporte de seus funcionários.

A Seinfra mostrou que a Prefeitura subsidia R$ 32 milhões para o funcionamento do sistema. Com dados em 2022, relatou incremento de 12% nas linhas de ônibus e 95% de efetividade no cumprimento dos horários.
O vereador Neto Petters questionou os participantes sobre a fonte que bancaria um subsídio de R$ 200 milhões para que o transporte coletivo joinvilense pudesse ter tarifa zero para os usuários. Segundo ele, receita de estacionamento rotativo, por exemplo, não seria suficiente.
Cerca de 20 pessoas se manifestaram durante a audiência pública ocorrida no plenário. De um modo geral, as pessoas teceram críticas duras ao valor da tarifa e o impacto dela no orçamento doméstico, dos atrasos, da lotação e da falta de linhas e horários. Assista abaixo a íntegra da reunião.