Moradores do bairro Santo Antônio lotaram o auditório do Colégio Dom Bosco para reivindicar melhorias para o bairro durante a sessão especial da Câmara de Vereadores de Joinville, na noite de terça-feira, dia 29, proposta pelo vereador Maurício Peixer. Três problemas foram elencados pela Associação Viva o Bairro Santo Antônio: a questão viária das ruas Dona Francisca e Prudente de Moraes, esgotamento sanitário e as estações de recalques construídas nas ruas Vênus e Almirante Jaceguay, e os constantes alagamentos causados pelo afunilamento e assoreamento do rio Cachoeira, naquela região do bairro.
De acordo com o presidente da associação, Gustavo Pereira da Silva na questão viária, inexistem faixas de travessia de pedestres de segurança nas duas vias, sendo que na Prudente de Moraes a situação é ainda mais grave porque em vários trechos sequer possui passeios, obrigando os usuários a caminharem na via de rolamento tendo que disputar o espaço com os veículos correndo sério risco de atropelamento. “São, na maioria, em frente a propriedades sem edificações que ali estão apenas para especulação imobiliária”, afirmam moradores. Pereira da Silva alertou que, se faz necessário um estudo de viabilidade para mudanças e até mesmo possivelmente um binário nas ruas Prudente de Moraes e João Pessoa.
Considerando que a previsão é que nos próximos anos a população nesta região passe dos atuais 6.400 habitantes para 9 mil e um exemplo disso é que hoje existem mais de 20 condomínios e em construção mais uma dezena, “se hoje já está impraticável trafegar pelo local por causa do engarrafamentos, imagine no futuro próximo”, questionou. Ele solicitou que emergencialmente a prefeitura instale faixas de pedestres, sinalização vertical e horizontal, sinalizadores e redutores de velocidade. Na questão do esgoto sanitário, a reclamação dos moradores é em relação as estações de recalques que estão sendo construídas em locais de alagamentos e que poderá ocorrer vazamentos de dejetos levando problemas para os moradores das ruas Vênus e Almirante Jaceguay, onde estão as obras.
Também pediram que para sejam feitas as ligações dos imóveis a rede coletora de esgoto e providências por parte da Companhia Águas de Joinville. Com relação as constantes cheias em dias de chuvas nas ruas Guia Lopes, Turmalinas, Vênus, Almirante Jaceguay, Prudente de Moraes e outras, os moradores disseram que são causadas pelo assoreamento no rio Cachoeira e pelo estrangulamento causado por uma ponte na rua Carlos Willy Bohem, onde há muito não são realizadas limpezas e o aumento da calha do rio para eliminar o afunilamento. “O que queremos é simples, apenas planejamento e providências do Poder Público”, reafirmou Silva. O vereador Maurício Peixer criticou duramente as ausências de representantes da Seinfra, Secretarias Regionais do Costa e Silva, Iririú, IPPUJ, Secretaria Municipal de Habitação, Fundema e do Executivo, convidados para a sessão.
“Estou indignado com o descaso do Poder Executivo nesta noite”, reagiu Peixer. Ele afirmou que estariam usando o Minha Casa, Minha Vida, para acertos entre o ex-dono do terreno que estaria para receber 33 apartamentos da empresa construtora. E que a licença ambiental foi dada em 9 dias, quando leva seis meses, “vamos apurar o caso, vamos pedir a intervenção do Ministério Público para parar o empreendimento, através da Câmara de Vereadores. Pois é no mínimo duvidoso”, afirmou o parlamentar.