Mesmo sem a presença de representantes do setor de saúde do Governo do Estado, da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, do Ministério Público, Sinsej e da Secretaria de Estado da Fazenda, o vereador Adilson Mariano, representando a Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), realizou, na noite de quarta-feira, dia 28, a audiência pública para discutir a situação dos servidores da saúde, em greve . O encontro debateu as dificuldades por que passa o setor na maior cidade catarinense com a participação de servidores, sindicalistas e líderes comunitários.

“Quem usa a estrutura pública de saúde consegue perceber o milagre que os funcionários fazem para atender bem o paciente”, argumentou Mariano na abertura dos trabalhos.

A audiência tratou principalmente dos problemas do Hospital Regional e da greve dos funcionários da Saúde do Estado.

O representante do Sindsaude, Gerson Hermes de Souza, falou que o discurso parece repetitivo, mas a situação da saúde não muda. “A nossa vida começa e, geralmente, termina no hospital. Então, a saúde não pode ser desprezada dessa forma”. Gerson ainda complementou que há muitos pedidos ao Governo do Estado para que novos servidores sejam chamados, mas que por enquanto só estagiários foram convocados. A falta de leitos também foi tema de discussão.

Segundo a integrante do Centro dos Diretos Humanos, Tânia Crescêncio faltam, no mínimo, 300 leitos na região. “Não é possível que mesmo nessa situação ainda haja leitos interditados, a situação é ainda mais grave na ala de saúde mental”, salientou Tânia. Enilda Mariano Stolf, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville – Sinsej, lamentou a ausência de integrantes do Governo do Estado, responsáveis pela saúde e também pelo descaso dos demais vereadores de Joinville.

O vereador Adilson Mariano criticou o descaso das autoridades convidadas para participarem de uma ampla discussão sobre o setor, de fundamental importância para a população, na audiência. Na sua opinião, isso demonstra o estado em que se encontra a saúde pública, em verdadeiro abandono e a população com falta de atendimento.

Foto de Sabrina Seibel

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