O prédio da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), é seguro e não corre nenhum risco de qualquer ameaça da necessidade de interdição por causa de fissuras (rachaduras) existentes em paredes ou tetos de algumas salas. A garantia está no parecer técnico do engenheiro civil Gilberto Luiz, especialista em engenharia de estrutura e patologia nas obras civis, da AD Fiducia Avaliações e Perícias de Engenharia, que permaneceu entre os dias 3 e 7 deste mês realizando vistoria técnica de avaliação da segurança estrutural do prédio.

Luiz constatou que, “a estrutura de concreto de suporte do plenário engloba estruturas de grande eficiência estrutural, onde eventuais falhas ocorrem de maneira evolutiva e são necessariamente acompanhadas por deformações, fissurações e vibrações relevantes, permitindo a interrupção do uso da edificação de forma controlada antes da perda de estabilidade”.

Não foi possível identificar manifestações patológicas indicativas de possibilidade de perda abrupta de estabilidade estrutural à curto prazo. Já em relação ao tipo de fissuras, com aberturas entre 0,1 a 0,4 milímetros, constatadas nas faces inferiores das lajes do plenário, sugerem – de acordo com Gilberto Luiz – que estas tenham se formado a partir de processos de retração, deformação típica das primeiras idades, dentre outras diversas causas possíveis.

Ainda segundo a perícia, “em relação as fissuras em alvenarias, foram identificadas manifestações com aberturas entre 0,1 e 3 milímetros em paredes do pavimento térreo, com delineamento diversificado (diagonal, horizontal e vertical), associadas à tensões induzidas predominantemente por deformações diferenciais da infraestrutura da edificação, causadas pelo adensamento do terreno pela baixa capacidade de suporte do solo típico do local”.

No item 3, o profissional analisa que, “em relação ao mezanino, apesar das vibrações e ruídos que se originam por ocasião da utilização no local, não foram identificados elementos indicativos de risco de instabilização estrutural por ocasião da utilização à curto prazo do local. Tais vibrações são decorrentes de deficiências de fixação das placas cimentícias e da deformação dos perfis U que compõem os degraus do piso”.

Para finalizar o engenheiro, faz constar que em relação a segurança da estrutura de concreto armado e da estrutura metálica do mezanino, não existem motivos que justifiquem a interrupção de utilização o local. Ou seja, não foi detectado nenhum problema que coloque suspeita sobre a segurança do prédio.

Fotos de Sabrina Seibel

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