A convite do diretor da Penitenciária Industrial de Joinville, Richard Harrison Chagas dos Santos, os vereadores joinvilenses visitaram hoje, pela manhã, a instituição. Eles conheceram a estrutura que abriga 366 detentos, comandada pelo Governo do Estado e administrada por uma empresa terceirizada (Montesinos).

Da Câmara de Vereadores, estiveram presentes o presidente João Carlos Gonçalves, os vereadores Adilson Mariano, Jaime Evaristo, Levi Rioschi, Pastora Leia e Lioilson Correa. Também participou do encontro o diretor do Presídio Regional de Joinville, Cristiano Teixeira. Na oportunidade, o grupo almoçou nas dependências da Penitenciária.

Atualmente, 18 empresas participam do programa de ressocialização dos detentos, dando oportunidade para o aprendizado e oferecendo rendimentos financeiros para os apenados. Cerca de 320 detentos trabalham nas empresas parceiras. Dependendo, eles recebem um salário mínimo mensal pelos serviços executados nas empresas.

Na opinião do presidente da Câmara, João Carlos Gonçalves, a visita foi bastante produtiva, pois alguns assuntos relacionados à segurança pública precisam passar pelo Legislativo. “Este encontro serviu para estreitar ainda mais o relacionamento entre as duas instituições”, destaca o presidente.

Ele acrescenta, dizendo que se faz necessária a utilização da mão de obra dos apenados, pois é um custo bastante baixo. “Sem dúvida, o serviço dos apenados será de grande valia para a cidade. Os dois saem ganhando, tanto município como detento”, salienta ele.

Segundo o diretor da Penitenciária, um detento custa ao governo do Estado cerca de R$ 92,56 por dia, o que resulta num montante total de R$ 2.744,00 mensais. Richard citou os recursos do Fundo Rotativo (25% do salário dos detentos) que serão utilizados para equipar a Penitenciária. “Com este recurso, compramos raio-x no setor de odontologia, bloqueador de celulares e outros benefícios que retornam para os apenados”, frisa Richard.

Na Penitenciária, 70% dos apenados têm idade de 18 a 24 anos. A maioria das prisões é por crime contra o patrimônio. “Até o momento, 973 pessoas já foram liberadas da Penitenciária. Deste total, apenas 23% voltaram à prisão, ou seja, 230”, enumera o diretor.

Durante a visita, o presidente do Legislativo comentou sobre a utilização da mão de obra carcerária na confecção de lajotas de calçadas a partir da areia de fundição e que isso iria beneficiar toda a sociedade. “Com certeza, esta alternativa seria uma maneira de reaproveitar a mão de obra do apenado a um custo bastante baixo”, destacou o presidente.

A Prefeitura de Joinville está estudando a construção de um galpão de 5 mil metros quadrados para a produção destas lajotas num terreno próximo ao Presídio Regional e Penitenciária Industrial de Joinville.

Nas próximas semanas, o grupo irá visitar as instalações do Presídio Regional de Joinville. A data ainda será definida.

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