A Câmara de Vereadores de Joinville homenageou nesta quarta-feira, em sessão especial, o monsenhor Bertino Weber, pelos seus 50 anos de sacerdócio; o centenário do América Futebol Clube, os 15 anos do Grupo de Apoio à Vida (Gavi), e o dono do restaurante Pinheiro Polinésia, Osmar Neckel.

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Participaram da sessão, presidida por João Carlos Gonçalves (presidente da CVJ), os vereadores Rodrigo Fachini, Maurício Peixer, Dorval Pretti e Lioilson Correa, o senador Luiz Henrique da Silveira, o vice-prefeito de Joinville, Rodrigo Coelho, ex-vereadores e autoridades locais. Os homenageados receberam placas de reconhecimento.

“Há uma conexão ente os quatro homenageados”, observou o senador Luiz Henrique da Silveira. Para ele, que encerrou a sessão, todos são importantes na vida comunitária porque alimentam, divertem ou ajudam as pessoas.

“Estamos celebrando uma festa”, falou o vereador Cláudio Aragão. Ele sugeriu a homenagem ao monsenhor Bertino Weber, da Diocese de Joinville. “Que coisa bela falar do monsenhor Bertino! (…) É uma história de amor e dedicação à cidade”, disse.

Para Aragão, “ninguém se cansa de escutar” os programas de rádio do monsenhor, há 45 anos no ar. Em 50 anos de vida sacerdotal, ele realizou mais de 4 mil casamentos e 2 mil batizados, segundo o vereador. Nesta semana, essa marca foi celebrada por católicos da cidade, em cerimônias e jantar.

“É muito fácil falar de Deus, qualquer um pode fazer, mas (só falar) é muito pobre. A pessoa que quiser transmitir algo que brote do coração tem que viver essa palavra”, disse o monsenhor Bertino, em agradecimento. “O pastor, o sacerdote, tem que saber ouvir. (…) O mundo hoje precisa disso: saber ouvir”.

O vereador James Schroeder, que propôs a homenagem ao América, elogiou a trajetória do clube, fundado em 14 de julho de 1914. Seu presidente, João Barbosa, enumerou os títulos obtidos pelo América (5) e pediu aplausos a jogadores que fazem parte de sua história. “Vida longa ao América! ”, disse Barbosa, ao final do discurso.

“Doação”

Em discurso de homenagem ao Grupo de Apoio à Vida (Gavi) e a Osmar Neckel, do restaurante Pinheiro Polinésia, o vereador João Carlos Gonçalves, proponente de ambas, elogiou a história de “doação” do Gavi a pessoas com Aids. Depois, enalteceu o trabalho do empresário do Pinheiro Polinésia, que faz parte da vida de sua família, e disse ter como “pai e mãe” a ele e sua esposa, Guisela Neckel.

Neckel deixou sua família, em 1963, e mudou-se para Joinville, com um sonho: abrir um restaurante de frutos do mar em Joinville. Foi o primeiro do Norte catarinense. “Em pouco tempo, o restaurante tornou-se um ponto de encontro de políticos e artistas. E esse sucesso continua”, disse Neckel. Ele agradeceu à esposa pelo empenho na cozinha do restaurante e alertou: “Não deixe ninguém roubar seus sonhos”.

Foi no Pinheiro Polinésia, contou o senador Luiz Henrique da Silveira, que ele sugeriu a diretores do Bolshoi que abrissem uma unidade em Joinville. A escola brasileira, única fora da Rússia, foi inaugurada em 2000.

Gavi pede ajuda

Luiz Gonzaga Angra, do Gavi, relembrou a história de 15 anos da entidade, que tem como missão reintegrar pessoas com Aids à sociedade, recuperando sua autoestima. O número de infectados continua crescendo porque falta prevenção.

“O Gavi luta ano após ano pelo direito de pessoas que, na maioria das vezes, já estão à margem da sociedade. São essas pessoas que ninguém quer ver por perto. Suas famílias são carentes e fragilizadas. (…) O trabalho é difícil, mas nós perseveramos”, contou.

“Necessitamos de ajuda dos entes federados e de empresas privadas para retomar o trabalho social inclusivo de recuperação da autoestima e dos vínculos sociais”, pediu Angra. “Ajudados, ajudaremos”.

O vice-prefeito, Rodrigo Coelho, disse, em discurso aos homenageados, que a prefeitura está atenta às necessidades do Gavi.

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